Olle Cornéer & Martin Lübcke

Public Epidemic Nº 1

Abstract:
Primeiro foi a Bacterial Orchestra. Agora a ideia é até escapar do hardware. Chega a nova geração: Public Epidemic No 1 (2009). Bacterial Orchestra (2006) é um organismo musical evolucionário auto-organizante. A instalação consiste em várias células de áudio. Cada célula escuta seu ambiente e escolhe sons, tentando tocar junto de maneira musical. O material musical vem do ruído de fundo, pessoas falando ou sons tocados por outras células. Cada célula tem um DNA único. Somente aquelas que são musicalmente adequadas sobrevivem. Se os arredores não se adequarem a suas condições – barulho demais, silêncio demais ou falta de um ritmo claro -, a célula morre e renasce com um novo DNA, possivelmente melhor. O resultado é um organismo musical que se adapta a seu entorno e o modifica, crescendo e evoluindo com outras células e os espectadores. Cada célula é simples, mas juntas elas criam um todo complexo. Cada célula faz um som, mas juntas elas criam música. Agora o organismo sofreu mutação e está escapando dos microfones e alto-falantes da instalação original. Como todas as células só se comunicam através de áudio, a ideia pode ser escalada para qualquer tamanho e qualquer tipo de hardware. Public Epidemic No 1 (2009) é uma geração da instalação Bacterial Orchestra (2006), um organismo musical evolucionário auto-organizante em que cada célula vive em um iPhone da Apple (ele pode ser transportado para qualquer celular, mas o iPhone foi escolhido por sua popularidade e porque a Apple Store centralizada facilita a disseminação da epidemia). Assim, centenas de pessoas podem se reunir com seus celulares e juntas criar um organismo musical. Ele evoluirá organicamente da mesma maneira que a Bacterial Orchestra, mas também será muito mais infeccioso. A instalação e as ideias por trás dela podem ser localizadas em diferentes áreas, como teoria do caos, sistemas auto-organizantes e redes neurais. O objetivo? Uma pandemia sonora mundial, é claro.

Biography:
Olle Corneer é um músico que trabalha com tudo, de pop futurista (Super Viral Brothers) a instalações (Bacterial Orchestra) e electro funcional/bobo (mas não simples!) (Dada Life).
Martin Lubcke é um programador com Ph.D. em física teórica – e uma tese dobre formações estáveis em plasma e métodos de aproximação para a teoria das supercordas. Juntos eles dividem o amor por sistemas de auto-organização e pensam sobre os fundamentos da música.