Matthew Bate
What The Future Sounded Like
Abstract:
A Grã-Bretanha do pós-guerra reconstruiu uma série de descobertas científicas e industriais que culminaram na revolução cultural dos anos 60. Foi um período de modificação espetacular e de experimentação em que a arte e a cultura participavam das mudanças sociais. Nessa atmosfera nasciam os estúdios da música eletrônica EMS, um grupo radical de músicos eletrônicos vanguardistas que utilizavam a tecnologia e a experimentação para compor “sound-scape” eletrônico / futurista para a Nova Grã Bretanha. Abrindo caminhos para músicos eletrônicos como Peter Zinovieff, Tristram Cary (este último criador do seriado inglês “Dr. Who”) e David Cockerell (coordenador), o estúdio EMS tinha a fama de trabalhar com as mais avançadas tecnologias de computer music do mundo. O grande legado do EMS foi o VCS.3, o primeiro sintetizador rival do Moog Synthesizer americano. O VCS.3 mudou toda a forma de criação dos artistas mais populares desse período, incluindo Brian Eno, Hawkwind e Pink Floyd. Quase 30 anos depois, o VCS.3 ainda é usado por artistas eletrônicos modernos como The Emperor Machine e Spicelab. O documentário “What The Future Sounded Like” apresenta um capítulo perdido da história da música eletrônica, descobrindo e mostrando um enorme grupo de compositores e cientistas que aproveitavam a tecnologia da época reinventando os limites da música e do som. Dirigido por Matthew Bate e produzido por Claire Harris em parceria com o governo australiano (Australian Film Commission e Australian Broadcasting Corporation).