FILE PRIX LUX 2010
O FILE PRIX LUX foi concebido para complementar as ações do FILE na área das linguagens eletrônicas e digitais, com o intuito de premiar, incentivar e estimular o aparecimento de novos talentos. Esta iniciativa do FILE pretendeu, além da exposição e apresentação de trabalhos, imputar valor a tais manifestações, ao conferir aos artistas contemplados repercussão nacional e internacional.
Desde 2000 o FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica constitui uma plataforma interdisciplinar internacional para incentivar o desenvolvimento de projetos inovadores e criativos na área das artes e das tecnologias. O FILE é uma organização cultural sem fins lucrativos que viabiliza uma reflexão sobre as principais questões do contexto eletrônico-digital contemporâneo mundial, sempre tendo em vista uma visão globalizada e transdisciplinar na complexidade política do universo cultural de nosso tempo.
Durante dez anos, o FILE colaborou, através de exposições e simpósios, com o desenvolvimento estético-tecnológico que as novas linguagens eletrônicas e digitais possibilitam às culturas contemporâneas, bem como posicionou o Brasil no contexto mundial dessas novas tendências. Em 2010, o FILE realizou um objetivo há muito esperado: contemplar os projetos inscritos com um prêmio internacional em dinheiro.
O FILE PRIX LUX concedeu sete prêmios (primeiro lugar, segundo lugar e cinco menções honrosas) para cada uma das três categorias, oferecendo assim 21 prêmios em dinheiro no valor total de R$ 285 mil.
AS TRÊS CATEGORIAS GERAIS SÃO:
1 ARTE INTERATIVA: por arte interativa entende-se toda a pesquisa e experiência no âmbito da arte que utiliza mídias interativas e que leva em consideração a interseção entre arte, ciência e tecnologia, bem como as possíveis transversalidades com outras disciplinas, sendo: instalações, performances, projetos de internet, realidade virtual, realidade aumentada, mesas multitoques, objetos digitais, projeções outdoor, projetos para celulares, grafites eletrônicos, VRML, etc.
2 LINGUAGEM DIGITAL: por linguagem digital entendem-se todas as pesquisas e experiências no amplo âmbito da multiplicidade das disciplinas que utilizam mídias digitais, bem como as possíveis transversalidades entre elas, sendo: jogos digitais (em todas as suas modalidades), animações (em todas as suas modalidades), cinema digital, maquinemas, vídeo digital, arquitetura digital, moda digital, design digital, robótica, vida artificial, arte biológica, arte transgênica, arte-software, novas interfaces, second life performances, animes, hipertextos, roteiros não lineares, inteligência artificial, fotografias-panoramas digitais, linguagem de programação, poesia digital, dança digital, etc.
3 SONORIDADE ELETRÔNICA: por sonoridade eletrônica entendem-se todas as pesquisas e experiências no âmbito dos sons, portanto tendo uma abrangência maior que o âmbito da música e aberta às possíveis transversalidades com outras disciplinas, sendo: performance sonora, instalações sonoras, arte sonora, música genética, música biológica, música eletrônica erudita, música pop-eletrônica, dramaturgia radiofônica, rádio-arte, paisagem sonora, robótica sonora, videomúsica, poesia sonora, etc.
É importante salientar que os projetos não contemplados com premiação também puderam participar da exposição, caso aceitos pelo comitê julgador, conforme os anos anteriores.
Para conceder o prêmio foi criada uma comissão julgadora, composta de 6 jurados – 3 nacionais e 3 internacionais -, e houve uma votação popular através do site do FILE PRIX LUX, que apontou os mais votados entre os indicados ao prêmio.
PREMIADOS:
ARTE INTERATIVA
1º Lugar
Luzes Relacionais, Ernesto Klar [Estados Unidos e Venezuela]
2º Lugar
ZEE, Kurt Hentschläger [Estados Unidos]
Menções Honrosas
Public Epidemic Nº 1, Olle Cornéer and Martin Lübcke [Suécia]
Frame Seductions, Pierre Proske [França]
Ocean of Light: Surface, Squidsoup: Anthony Rowe, Gareth Bushell, Christopher Bennewith, Liam Birtles & Ollie Bown [Nova Zelândia, Reino Unido, Austrália e Noruega]
Living Light, The Living: David Benjamin & Soo-in Yang [Estados Unidos]
SMSlingshot, VR/Urban: Patrick Tobias Fischer, Christian Zöllner, Thilo Hoffmann & Sebastian Piatza [Reino Unido]
LINGUAGEM DIGITAL
1º Lugar
Tardigotchi, SWAMP: Douglas Easterly, Matt Kenyon & Tiago Rorke [Nova Zelândia]
2º Lugar
Hi! A real human interface, Multitouch Barcelona: Dani Armengol, Roger Pujol, Xavier Vilar & Pol Pla [Espanha]
Menções Honrosas
Of how we have to leave doubts, expectations and the unachieved, André Gonçalves [Portugal]
War of Internet Addiction, Corndog & Oil Tiger Machinima Team [China]
Breathing, Guto Nóbrega [Brasil]
Marvin Gainsbug, Jeraman & Filipe Calegario [Brasil]
abc for iPhone, Jörg Piringer [Áustria]
SONORIDADE ELETRÔNICA
1º Lugar
Silent Percussion Project, Jaime E Oliver LR [Peru]
2º Lugar
HEARTCHAMBERORCHESTRA, TERMINALBEACH: Erich Berger [Áustria e Finlândia] & Peter Votava [Áustria e Alemanha]
Menções Honrosas
PowEr, Artificiel: Alexandre Burton & Julien Roy [Canadá]
From Dust Till Dawn, Markus Decker, Dietmar Offenhuber & Ushi Reiter [Áustria]
Reler, Raquel Kogan [Brasil]
netBody, Suguru Goto [França]
Omnibusonia Paulista, Vanderlei Lucentini [Brasil]