Marcel.lí Antúnez Roca

Metamembrana

Abstract:
A projeção representa uma paisagem em que num único panorama somam-se quatro projeções na horizontal em uma proporção de 16/3. Inspirado nos retábulos dos mestres flamengos Hyeronimus Bosch e Pieter Bruegel, a paisagem reproduz colinas, cidades, céus, mares e uma grande quantidade de situações protagonizadas por diferentes personagens. Não se trata de uma situação estática como daquelas pinturas, mas sim de uma colagem animada e variável vinculando o comportamento interativo das interfaces. A projeção dispõe de diferentes estados ou camadas, até sete, que resultam em uma grande diversidade interativa. As interfaces ou dispositivos sensíveis são ativados pelos espectadores que se convertem em usuários da instalação tanto no âmbito local como no resto das cidades. A interação também se produz por outros parâmetros, como o clima ou certos comportamentos sociais. Metamembrana tem uma clara vontade de estabelecer elementos de identificação com o espectador para fazê-lo participar da obra. Estão previstas três estratégias para consegui-lo: a primeira, previamente, mediante a produção de conteúdos in situ, em cada uma das cidades, com entidades e elementos próprios do lugar. A segunda, durante a exposição inserindo imagens dinâmicas como, por exemplo, câmeras conectadas a vários pontos da cidade ou capturas das faces de alguns espectadores. E a terceira, de maneira pontual, produzindo elementos ao vivo em cada uma das cidades que se retransmitem pela rede durante o período de exibição da peça. Créditos de Metamembrana Direção, cenário e design: Marcellí Antúnez Roca Produtor executivo e assistente de direção: Abel Garcia Roure Assistente de produção: Idoia Villanueva Música: Pau Guillamet Direção de fotografia: Alberto Rodríguez / Diego Dussuel Direção técnica: Oriol Ibáñez Fauquer Programação: Matteo Sisti Sette Animação: Liliana Fortuny / Roger Petra Assistente Gráfico: Wahab Zeghlache Edição sonora: Jordi Casadevall Edição Vídeo: Valentina Mottura / Edgar Gallart Fotografia: Carles Rodríguez Produção de interfaces: Klaus Speis /Fernando Molina Cenografia: Coral Senderos, Wahab Zeghlache, Victor San Segundo Mari, Álvaro Sosa, Roger Belles, Montse Arroni. Elétricos: Daniel Urrútia, Nino Costa Maquinista: Carles Joan Torres Assistente de produção: Antonella Lamparelli, Celia Costa, Adriana Conde, Mercè Domènech Assistência técnica: Guergana Velitchkova Tzatchkov, Jonathan Bernabeu, Xavi Arbonés Maquiagem: Carme Jariod, Mª del Mar Heredia Assistentes de cenografia: Chus Martínez, Iris Navarro, Nadia Hafid, Max Dalmau, Laia i Ruben Intérpretes: Nico Baixas, Judith Saula, Pau Nubiola, Juan Navarro, Enric Ases, Piero Steiner, Sarina Rohr, Mireia Font, Cuco Suárez, Guergana Velitchkova Tzatchkov, Begoña Grande, Antonella Lamparelli, Mercè Ros, Joan Simó, Verónica Aparicio, Marcellí Antúnez, Merçè Doménech, Matteo Sisti Sette, Oriol Ibáñez Fauquer, Clara Pérez Bieto, Sara Montroig Cruset i Enric Fernàndez Coordenadores do projeto: Anella Cultural: Josep Quintana; Lleida: Núria Marsal; Reus: Pilar Llaurador; Barcelona: Angela Martinez; Granollers: Glòria Gimenez; Olot: David Santeularia & Rosa Rebugent. Finanças: Ricard Tello Uma produção de: Anella Cultural & Panspermia S.L Organização: Espai Zero.1 d’Olot, Espai d’Arts de Roca Umbert Fabrica de les Arts de Granollers, Espai d’Art Cal Massó de Reus, Centre de Cultura Contemporània de Barcelona (CCCB), Institut Municiapl d’Acció Cultural (IMAC) de Lleida. Com apoio de: Departament de Cultura de la Generalitat de Catalunya; Xarxa Transversal Em colaboração com ICIC Institut Català de les Indústries Culturals, ICUB Institut de Cultura de Barcelona, Dédale París, i2Cat i Alphi

Biography:
Marcel.lí Antúnez Roca (Moià, 1959) é conhecido no cenário artístico internacional por suas performances mecatrônicas e instalações robóticas. Nos anos 90, suas performances mecatrônicas vanguardistas combinavam elementos como Bodybots (robôs controlados pelo corpo), Sistematurgia (narração interativa com computadores) e Dresskeleton (a interface esqueleto-corpo). Os temas explorados em seu trabalho incluem: o uso de materiais biológicos na robótica, como em JoAn? l’home de carn (1992); controle telemático por parte do espectador de um corpo estranho na performance EPIZOO (1994); a expansão dos movimentos corporais com dresskeletons nas performances AFASIA (1998) e POL (2002); coreografia involuntária com o Bodybot, REQUIEM (1999); e transformações microbiológicas nas instalações RINODIGESTIO (1987) e AGAR (1999). Atualmente ele trabalha na obra espacial e utópica TRANSPERMIA. No início dos anos 90 sua performance EPIZOO causou comoção no cenário artístico internacional. Pela primeira vez os movimentos físicos de um performer puderam ser controlados pelo público. Operando um videogame, o espectador interage com o bodybot usado por Antúnez, movendo suas nádegas, músculos peitorais, boca, nariz e orelhas. Essa performance salienta o paradoxo irônico e até cruel que surge da coexistência entre a iniqüidade digital virtual e a vulnerabilidade física do artista. Desde os anos 80 o trabalho de Antúnez se baseou numa constante observação de como os desejos humanos se expressam e em que situações específicas eles surgem. Primeiro nas performances tribais do La Fura dels Baus e mais tarde por conta própria, ele expressou seu interesse pela criação de sistemas complexos, em muitos casos híbridos, difíceis de classificar. O trabalho de Antúnez pertence tanto ao campo das artes visuais quanto ao das artes cênicas. Desde o início da década de 90, a incorporação e a transgressão de elementos tecnológicos e científicos na obra de Antúnez, e sua interpretação por meio de dispositivos únicos e específicos, produziram uma nova cosmologia – quente, crua, irônica – de temas tradicionais como afeto, identidade ou morte. Em suas obras esses elementos assumem dimensões extremamente humanas, o que causa uma reação espontânea do público. Ele também foi um dos fundadores do La Fura dels Baus, trabalhou na companhia como coordenador artístico, músico e performer de 1979 a 1989 e apresentou as macroperformances do grupo ACCIONS (1984), SUZ/O/SUZ (1985) e TIER MON (1988). Antúnez apresentou seu trabalho em diversos eventos internacionais, incluindo La Fundación Telefónica em Madri, P.A.C. em Milão, Lieu Unique em Nantes, I.C.A. em Londres, SOU Kapelica em Ljubljana, Cena Contemporânea no Rio de Janeiro, MACBA em Barcelona e DOM Cultural Center de Moscou. Apresentou-se nos festivais internacionais EMAF Osnabruc Alemanha, Muu Media Festival Helsinque, Noveaux Cinema Noveaux Medias Montreal, DEAF Roterdã, Spiel Art Munique, Ars Electronica Linz Áustria, DAF Tóquio, entre outros.

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