Paula Perissinotto
As we may feel
Abstract:
“Como podemos sentir” Uma paródia ao texto “Como podemos pensar”, de Vannevar Bush, 1945 Paula Perissinotto Que benefícios permanentes a ciência e a tecnologia têm trazido para o ser humano? Primeiramente, a ciência e a tecnologia aumentaram o controle do ser humano sobre seu meio ambiente material, ajudaram-no a melhorar seu alimento, sua vestimenta, seu abrigo, e deram-lhe mais segurança, possibilitando-nos viver acima do nível da mera subsistência. Depois nos viabilizaram maior conhecimento dos processos biológicos que se passam em nosso corpo, permitindo o controle de uma vida mais saudável e prolongada, sempre prometendo uma melhora da saúde mental. Por fim, contribuem para a eficácia da nossa comunicação. Temos então razão para viver além de sobreviver, saúde abundante e comunicação eficaz. E como lidamos com os nossos sentimentos e conflitos existenciais? Não temos tempo para os nossos sentimentos, não podemos mais ruminá-los. Enterramo-los em vontades secretas sem maiores conseqüências. Será que deveríamos abastecer de mais cuidados os nossos sentimentos? O descaso tem sido uma maneira de limparmos de nossas vidas valores sentimentais. Quando não conseguimos varrê-los, zipamos e eventualmente acessamos para solucionar conflitos e/ou organizar nossos pensamentos. Este projeto oferece o acesso, através de um click, a uma central que aponta um leque de caminhos para “Como podemos sentir”. O conteúdo desta simulação de uma central telefônica tem como objetivo criar uma enciclopédia de sentimentos e conflitos existenciais que representam a vida humana na sociedade contemporânea. Bem vindo a nossa central de atendimento!
Biography:
Especializada em novas mídias, arte contemporânea e cultura. Formada em artes plásticas, com mestrado em poéticas visuais pela ECA (Escola de Comunicações e Artes da USP Universidade de São Paulo). Mestrado em Curadoria e Práticas Culturais em Arte e Novas Mídias pelo MECAD / ESDI em (Barcelona / ES). Desde 2000, Paula Perissinotto é co-fundadora, organizadora e co-curadora do FILE, Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, uma organização não governamental cultural sem fins lucrativos, que promove e incentiva as produções estéticas e culturais relacionadas à cultura contemporânea. No festival é responsável pela seleção de trabalhos, relações internacionais e também apela gestão de projetos realizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Implementou e coordenou o curso de graduação em Produção Multimídia no IED-SP Instituto Europeu de Design, em São Paulo, Brasil. Atualmente ministra aulas de história da arte nos cursos de moda e design gráfico na mesma instituição.