FILE BRASÍLIA 2017 – A arte eletrônica na época disruptiva | CCBB

FILE Festival Internacional de Linguagem Eletrônica
A arte eletrônica na época disruptiva

O Ministério da Cultura e o Banco do Brasil apresentam:
FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – A arte eletrônica na época disruptiva.
Desde sua criação no ano 2000, o Festival tem apresentado ambientes expositivos coletivos para o visitante ter à sua disposição a diversidade da arte tecnológica. O projeto, que nasceu em São Paulo, já exibiu trabalhos de artistas digitais de 32 países, projetando o Brasil internacionalmente como protagonista das discussões sobre questões do universo eletrônico-digital.
O tema “A arte eletrônica na época disruptiva” foi especialmente escolhido para a estreia do festival em Brasília e reúne obras inovadoras, que foram agrupadas em quatro eixos – ou aspectos – que representam um conjunto de novos comportamentos: corpo vivencial, corpo cinético, corpo virtual e corpo lúdico.
Com esta proposta, o Banco do Brasil mantém o seu compromisso com a formação de público para as artes visuais e com a promoção do acesso à cultura, possibilitando o contato com a obra de artistas que colocam em discussão questões atuais da sociedade.
Centro Cultural Banco do Brasil
.
D I S R U P T I V A
A arte eletrônica na época disruptiva
Quando falamos de época disruptiva, nos referimos à inovação disruptiva – noção criada por Clayton Christensen e inspirada no conceito de ‘destruição criativa’, de Joseph Schumpeter. A destruição criativa é um conceito econômico que busca explicar a ruptura no mercado quando uma nova empresa, utilizando-se de uma nova tecnologia, consegue inovar a tal ponto que obtém sucesso avassalador, capaz de transformar os produtos de seus concorrentes em pura obsolescência. As inovações disruptivas destroem a concorrência para consolidar um novo mercado, criando novos comportamentos nos consumidores e usuários. Estas inovações modulam uma diversidade de comportamentos, construindo uma nova forma de sociedade e de cultura.
Por exemplo, quando surgiram os smartphones e, com eles, as inovações em forma de simulações e emulações, como o celular como máquina fotográfica. Esta composição digital entre o telefone celular e a máquina fotográfica possibilitou um aumento significativo no compartilhamento de imagens pessoais via redes sociais. Daí um fato novo ocorreu. Surgiram os autorretratos. Um comportamento de massa
universalizado pelas redes. Agora todos podem se autorretratar (selfies).
Na história da arte a máquina fotográfica também transformou o mundo das artes. Na época de seu surgimento, gerou a busca pela inovação, pela transformação do obsoleto, do antigo entre as vanguardas artísticas e culturais que movimentaram o fim do século XIX e meados do século XX.
Ao longo do século XX, manifestos e pesquisas artísticas buscaram formas inovadoras de expressão. Do ponto de vista da produção artística, através da relação interdisciplinar das artes com a tecnologia, conquistas efetivas transformaram o processo criativo e a maneira de se expor obras de arte. Seja na relação da obra com o público ou do público com o espaço expositivo.
Hoje, a arte eletrônica tem papel fundamental no mundo contemporâneo, pois é quase exclusivamente a única a desenvolver projetos que consideram não somente as inovações tecnológicas, mas a diversidade dos novos comportamentos incorporados na sociedade atual.
Há 18 anos o FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – mostra as pesquisas e projetos de arte contemporânea eletrônica produzidos por artistas de diversos países, sempre considerando incorporar na sua forma de pensar a exposição os novos comportamentos que surgem ao longo deste processo de inovação. O resultado é a diversidade expositiva realizada, que propicia ao público a
experiência de acesso a obras artísticas que buscam expressar a estética da sociedade contemporânea, possibilitando, por vezes, novos comportamentos dentro do espaço da exposição.
Para as exposições que ocorrerão no Centro Cultural Banco do Brasil das cidades de Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, o FILE propôs o tema: “A arte eletrônica na época disruptiva”. A exposição será dividida em quatro aspectos que representam o conjunto de novos comportamentos: O corpo vivencial; o corpo cinético; o corpo virtual; o corpo lúdico.
Em Brasília, os espaços expositivos terão as seguintes configurações: no Pavilhão de vidro o visitante terá acesso ao Corpo Vivencial, que o convida a se relacionar com as obras de corpo presente; com envolvimento do corpo, experimentando novas sensações e percepções através do corpo com as obras. Na Galeria 2 encontra-se o Copo Cinético, que propõe ao visitante a percepção da relação entre
o movimento real – movimento digital; movimento físico – movimento sonoro; movimento físico – movimento lúdico. Na Galeria 1 térreo o convite é do Corpo Virtual, cujas obras sugerem ao visitante a interatividade; a imersão digital, os selfies, a emoção real e virtual; enquanto no subsolo encontra-se o Corpo Lúdico, que abre ao público a possibilidade do jogo, da imersão, da conexão e da
ludicidade.
Ricardo Barreto e Paula Perissinotto
Concepção e organização do FILE
.