FILE SÃO PAULO 2017 – o borbulhar de universos
FILE SÃO PAULO 2017
o borbulhar de universos
De 18 de julho a 3 de setembro
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A 18ª edição do FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica em São Paulo aconteceu de 18 de julho a 03 de setembro de 2017 no Centro Cultural Fiesp. A programação da exposição FILE São Paulo 2017: O borbulhar de universos ocupou diversos espaços, tais como: 1- a Galeria de Arte; 2- a Galeria de Arte Digital; e 3- os Espaços de Exposições.
Na Galeria de Arte, a exposição apresentou instalações interativas e não interativas, obras de realidade virtual, animações, games e GIFs.
A Galeria de Arte Digital abrangeu o FILE LED Show 2017, uma mostra de arte pública que utilizou a fachada do edifício como suporte para a investigação de diferentes linguagens artísticas.
Já nos Espaços de Exposições, de 18 a 30 de julho, a exposição apresentou: 1- as mostras completas de videoarte, mídia arte e hipersônica; 2- parte da programação de animação e games; e 3- a instalação The Flooor, de Håkan Lidbo & Max Björverud. Os Espaços de Exposições também abrigaram, de 18 a 21 de julho, várias oficinas que abordaram o uso criativo de diferentes tecnologias no FILE Workshop.
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O borbulhar de universos
Com o surgimento das redes existe hoje uma multiplicidade de eventos nunca vistos até então. A proliferação desenfreada de informação se dá numa escala gigantesca. A produção de dados nos leva a arquivamentos sem precedentes, o que demanda a criação de milhares de dispositivos de inteligência informacional conectados entre si. Há um aumento exponencial de informação que envolve a todos num fluxo incessante e arrebatador de conceitos, de imagens, de opiniões, de desejos. Ninguém está imune a esta contaminação. Nenhuma disciplina se mantém em seus limites. A proliferação de mundos e tendências nos arrebata numa pluralidade indeterminada. Tudo e todos estão inflando-se como numa gigante vermelha prestes a explodir. O universo outrora imenso e sem fim torna-se pequenodiante do multiverso. Vivemos na época do borbulhar de universos.
Paula Perissinotto e Ricardo Barreto
Fundadores e organizadores do FILE
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INSTALAÇÕES
PROGRAMAÇÃO INSTALAÇÕES
Adam Basanta – A Truly Magical Moment – Canadá
“A Truly Magical Moment” (Um Momento Verdadeiramente Mágico) cria uma reencenação virtual da cena cinematográfica clássica na qual dois dançarinos dão as mãos e giram no meio da pista de dança enquanto olham profundamente para os olhos um do outro.
Quando os convidados conversam pelo FaceTime com a escultura cinética interativa – construída a partir de iPhones, paus de selfie e contas do FaceTime – ela começa a girar, atingindo velocidades vertiginosas enquanto uma música romântica toca ao fundo. Na velocidade máxima, o plano de fundo é desfocado e distorcido, mas a imagem de seu parceiro de dança permanece em foco.
Tomando emprestado do cinema, de GIFs e do Chat Roulette, a obra aborda ludicamente tensões irônicas entre a deficiência de conectividade virtual e a conectividade econômica global que a permite.
Amy Karle – Internal Collection – Estados Unidos
Alternando convenções sobre o corpo e a beleza, as seleções da “Internal Collection” (Coleção Interna) mostradas no FILE representam a anatomia interna em forma vestível externa. Fundindo anatomia, moda e tecnologia, cada peça é criada à mão e com tecnologias de fabricação digital. Ao retratar designs inspirados pela anatomia, esta obra comunica que, quando compartilhamos nossa semelhança e o que está acontecendo dentro de nós, uma oportunidade é oferecida para encontrar a beleza dentro de nós mesmos e a conexão com os outros.
Andreas Lutz – Hypergradient – Alemanha
“Hypergradient” (Hipergradiente) analisa as diferentes interpretações de uma declaração imparcial e consistente. A instalação muda repetidamente entre dois estados: o estado de “declaração” e o estado de “interpretação”.
O estado de declaração exibe uma sequência de caracteres de um sistema semiótico distinto, que pode ser descrito como um substituto para todos os sistemas semióticos conhecidos. Esses caracteres individuais são agrupados em linhas e, em seguida, formam ordens de sequência em uma proposição abstrata. Essas proposições abstratas não seguem os princípios humanos habitados, elas possuem lógica inerente e só podem ser decodificadas quando o observador as transfere para sua própria mentalidade. Neste estado, o espaço que contém a instalação e a própria instalação são iluminados com fontes luminosas fixas.
Quando a instalação chega ao estado de interpretação, todo o espaço muda para a escuridão e a superfície é iluminada por quatro fontes de luz dispostas ao redor da instalação. Derivadas das várias visões, compreensões e pré-aprendizagens de um destinatário universal, a sequência e o brilho das fontes de luz seguem seus próprios princípios. Simultaneamente, a sequência dos caracteres permanece a mesma que no estado “declaração”, mas não pode mais ser percebida como caracteres puros. Através da mudança constante da luz, da deformação física da superfície e da consequente modificação da percepção, a declaração original agora precisa ser interpretada pelo observador.
“Hypergradient” analyzes the different interpretations of an impartial consistent statement. The installation repeatedly changes between two states: the “statement” state and the “interpretation” state.
Gwendaline Bachini – Animo#2 – FLUX – França
“Animo#2 – FLUX” é a segunda instalação interativa do ciclo ANIMO. Ela é configurada como uma gaiola de luz holográfica. Tem como base a teoria neo-darwiniana de Richard Dawkins, que levantou a questão do corpo como uma “máquina de sobrevivência” que é elaborada e cegamente programada para preservar de forma idêntica o “gene egoísta” de geração em geração. Os visitantes são convidados a manipular a lanterna e, ao fazê-lo, descobrem um corpo holográfico de tamanho natural que reage à luz, guiado pela observação da espécie animal. Às vezes, a reação parece pertencer à reação humana… mas o que compõe o comportamento típico do ser humano?
Produção: La C.R.I and Eclectic Experience
Difusão: Crossed Lab
Daniel Jolliffe – Perfect View – Canadá
“Perfect View” (Vista Perfeita) é uma escultura interativa que personifica o desejo humano de sempre mostrar o seu melhor lado para os outros.
Entrando no espaço da galeria, o espectador encontra um vaso Cloisonné gravemente danificado, montado sobre um plinto branco. Quando o espectador se aproxima a poucos metros da peça, o vaso começa a girar silenciosamente, ajustando a sua posição de modo a sempre mostrar ao espectador uma visão perfeita de seu lado não danificado.
O resultado é uma experiência visual onde, na verdade, a imperfeição é editada.
Créditos: produzido com a assistência financeira do Conselho de Artes do Canadá. Agradecimentos especiais ao Atelier Clark, Montreal e Kenny Wong Chi-Chuen.
Dorette Sturm – Breathing Cloud – Holanda
Respirar é vida. A luz é vida.
“The Breathing Cloud” (A Nuvem que Respira) é um organismo flutuante monumental. A obra transforma um espaço pelo seu movimento, luz e respiração rítmica. Com esta light art, a frase “deixe um quarto ganhar vida” recebe um novo significado. A pele das nuvens parece frágil e suave, e os movimentos são rítmicos, mas aleatórios, de modo que toda a sala pareça um ser vivo. A tecnologia é projetada para que os fortes módulos de LED e o mecanismo deem apoio à respiração difusa. Ela fica fisicamente maior e menor, e abraça com o seu espaço de luz brilhante.
Håkan Lidbo & Max Björverud – The Flooor – Suécia
“The Flooor” é um instrumento musical colaborativo e um local de encontro social. Trinta e seis sensores sob um tapete, conectados a um computador musical montado debaixo do piso e alto-falantes montados no teto.
Os padrões impressos no tapete convidam as pessoas a explorar diferentes combinações. Seis grupos com diferentes instrumentos, seis zonas em cada grupo. Ao ficar de pé ou dançar sobre diferentes combinações das seis zonas, 64 loops diferentes podem ser acionados. Um total de 384 loops, todos sincronizados para que soem bem em todas as combinações possíveis. Se ninguém estiver em alguma zona por mais de dois segundos, os loops em cada grupo são aleatoriamente reorganizados. Todo o piso pode produzir 68.000.000.000 combinações.
A música é parte da própria construção humana. A música é uma expressão da gravidade na terra e das nossas proporções corporais. Ouvir e criar música em conjunto também é uma cola social muito importante. Em uma época em que o consumo individual e passivo de música está por toda parte, um instrumento musical colaborativo e físico como “The Flooor” pode ser importante.
Lawrence Malstaf – Overview – Bélgica
“Overview” (Visão Geral), 02016.
Astronautas que foram capazes de observar o planeta Terra do espaço pela primeira vez experimentaram uma forte reação emocional, mais tarde chamada de efeito overview. Um sentimento eufórico de união com o planeta e todos os seres vivos como um biótopo coletivo onde “minhas moléculas são suas” e vice-versa, e a individualidade parece uma ilusão.
A instalação “Overview” consiste em uma tela de vídeo motorizada que pode lentamente se mover, se inclinar e se elevar. A tela tem 3m x 4m de largura e luz de LED na parte traseira. Um globo abstraído é projetado na parte dianteira.
http://lawrencemalstaf.com/_work/overview.html
Marc Lee – 10.000 moving cities – same but different – Suíça
Em “10.000 moving cities – same but different” (10.000 cidades em movimento – igual, porém diferente), o usuário se movimenta através de mundos visuais postados publicamente por outras pessoas em redes sociais como YouTube, Flickr, Freesound e Twitter. No espaço virtual, a informação é visualizada em cubos que se erguem em alturas diferentes para se transformar em um ambiente urbano abstrato. Isso resulta em cada vez mais não-lugares/lugares de lugares perdidos, no sentido do livro e ensaio de Marc Augé “Não-Lugares”, que poderiam existir em qualquer lugar do mundo sem uma verdadeira identidade local.
Créditos:
Marc Lee em colaboração com o Intelligent Sensor-Actuator-Systems Laboratory (ISAS) e o ZAK | Centre for Cultural and General Studies no Karlsruhe Institute of Technology (KIT).
Martina Menegon – I Know Myself – Áustria
“I Know Myself” (Eu Me Conheço) é um dos muitos resultados de um longo processo artístico em que a artista obsessivamente escaneou a si mesma em 3D de todas as formas possíveis e acessíveis, transformando-se em vários avatares diferentes. Em “I Know Myself”, o corpo escaneado em 3D da artista está preso em um limbo entre o espaço virtual e o físico. Ela repetidamente bate de encontro às paredes, numa tentativa frustrada de fuga. A força que a arrasta de um lado a outro, para cima e para baixo, aumenta com base na aproximação e no movimento dos visitantes, que geram violência e abuso do corpo virtual ao se aproximar ou se movimentar na frente da instalação.
Mike Pelletier – Performance Capture: Part 2 – Holanda
Em “Performance Capture: Part 2”, sequências de captura de movimento de uso livre são traçadas como personagens padrão 3D não suavizados e com baixo nível de polígonos. Os corpos inflam, desinflam e oscilam entre estados enquanto os movimentos alteram-se e repetem-se em padrões contrabalanceados e as informações transferem-se de um corpo ao outro. Na animação, o que deveria ser usado para registrar, simular e criar realidades virtuais perfeitas, pelo contrário sucumbe para o excepcional, o abstrato e o irreal.
Oculus Story Studio – Dear Angelica – Estados Unidos
Uma jornada através dos modos mágicos e oníricos que nos lembramos de nossos entes queridos. Totalmente pintado à mão dentro de uma realidade virtual, “Dear Angelica” (Querida Angelica) se passa em uma série de memórias que se desenrolam ao seu redor.
One Life Remains: André Berlemont, Kevin Lesur, Brice Roy & Franck Weber – Les disciplines du rectangle – França
“Les disciplines du rectangle” (As disciplinas do retângulo) é uma instalação de arte interativa feita de sete estelas montadas em um espaço de 200 m². Cada estela é feita de uma webcam, uma tela e um orador. Quando um jogador fica na frente de uma estela, seu corpo é detectado e um retângulo virtual é desenhado em torno dele. O retângulo começa a se mover e a mudar de forma. O objetivo é ficar dentro do retângulo sem tocar suas bordas. O jogo para quando há um contato entre o retângulo e o corpo do jogador.
Para o público, nada é visível, exceto o desempenho do jogador. É o corpo do jogador que cria o show baseado no contraste entre o que é exibido na tela e o vazio do espaço “real”. Cada estrela fornece uma coreografia específica com base no comportamento de seu retângulo.
plaplax – KAGE-table – Japão
Desde tempos antigos, a sombra foi prova de existência (pois um fantasma não tem sombra). No entanto, como a imagem projetada no monitor de TV (que é “virtual” nesse sentido), a própria sombra não possui substância. E, ao mesmo tempo, como podemos ver na imagem das sombras, a sombra, ou silhueta, é a base da imagem. Em “KAGE-table”, tomamos conhecimento desta característica da substância sombria, e, usando um objeto em forma de cone, criei sua sombra com computação gráfica.
As sombras computadorizadas projetadas na mesa permanecem imóveis, como acontece com as sombras, mas, à medida que o tempo passa, algumas delas começam a tremer. Ao tocar diretamente alguns objetos que são colocados na mesa, vários tipos de padrões aparecem em imagens de sombra computadorizadas. Enquanto estas coisas estão acontecendo, o espectador é iluminado pelo projetor do teto. Assim, a sombra do próprio espectador também é projetada na mesa, bem como sombras computadorizadas. Quando a falsa sombra criada por gráficos computacionais e a verdadeira sombra do espectador são projetadas na mesma imagem plana, é possível reconhecer sua sombra e sua existência mais uma vez.
Plastic Studios – Bound – Polônia
Controle uma princesa bailarina sem nome enquanto ela faz seu caminho através de ambientes surreais e oníricos. O jogo ocorre dentro da mente de uma mulher que está revisitando suas memórias de infância, confrontando seu relacionamento com sua mãe e sua própria maternidade.
Teun Vonk – The Physical Mind – The Netherlands
Durante uma residência em Xangai, Teun Vonk descobriu que aplicar pressão em seu corpo estressado aliviava seu corpo e sua mente. Em contraste com o que se pode esperar, não se registra uma melhor entrada sensorial em um estado elevado de sensibilidade, como o stress. Como tais estados servem ao propósito evolucionário de lutar ou fugir, eles filtram qualquer informação que seja irrelevante para nos prepararmos para qualquer uma dessas reações. Ao experimentar tais estados, a aplicação de pressão profunda no corpo o relaxa e permite que o sistema que filtra nossos estímulos perceptivos se recupere. Esse estímulo físico alivia o corpo de stress e, após isso, ele começa a perceber todas as informações novamente.
“The Physical Mind” (A mente física) é a tentativa de Vonk de deixar os participantes experimentarem a relação entre seus estados físicos e mentais aplicando pressão física ao corpo. A instalação consiste em dois objetos infláveis entre os quais um participante deita-se para, posteriormente, ser erguido e suavemente espremido entre as curvas dos dois objetos. Enquanto o levantamento cria um sentimento instável, esta sensação estressante é logo em seguida contrastada com a sensação segura de ser suavemente espremido entre dois objetos macios. Além dessa experiência para os participantes, a instalação também evoca sentimentos de empatia entre os espectadores que testemunham participantes submetidos à experiência.
Este projeto é realizado como parte da rede de Sessões de Verão em uma coprodução do Chronus Art Center e V2_ Lab para a Unstable Media, com apoio da Creative Industries Fund NL.
Thom Kubli – Black Hole Horizon – Alemanha
Que tipo de relações existe entre o ar oscilante, buracos negros e bolhas de sabão? Qual é o impacto que a gravidade tem na nossa consciência coletiva? Onde o espetáculo e a contemplação se encontram? “Black Hole Horizon” (Horizonte Buraco Negro) é uma meditação em uma máquina espetacular que transforma o som em objetos tridimensionais e mantém o espaço em constante transformação.
O núcleo da instalação é a invenção de um aparelho semelhante a uma buzina de navio. Com o som de cada tom, uma enorme bolha de sabão emerge da buzina. Ela cresce enquanto o tom soa, solta-se da buzina, vaga pelo espaço de exposição e, finalmente, explode em uma posição errática dentro da sala. A instalação completa compreende três buzinas que variam em tamanho e forma de acordo com sua altura e timbre individuais. Os visitantes podem percorrer a sala testemunhando a transformação do som em esculturas efêmeras que duram apenas alguns segundos antes de seus restos materiais serem depositados nas paredes e no chão.
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FILE ANIMA+ 2017
O FILE Anima+ busca a cada ano apresentar animações inovadoras, seja pelo seu lado estético, por sua forma narrativa ou bem como pela sua tecnicidade. E como destaque desta onda de inovação imagética, trazemos pela primeira vez ao Brasil o artista e filmmaker Faiyaz Jafri.
Nascido e criado em uma zona rural na Holanda, Jaiyaz, que tem descendência paquistanesa, explora em seus trabalhos os arquétipos junguianos (o ego, a persona, a sombra, o animus/a anima e o self) no mundo contemporâneo misturado a uma linha de imagens com um alto poder sedutor que beira a obscenidade, que ele intitula de hiperirrealismo “pop”. Somando a isso, ele pesquisa as chamadas neoarquiteturas dos meios de comunicação de massa e da cultura “pop” globalizada.
O artista ressignifica ícones do mundo pop ao se apropriar deles, tornando-os imaculados ao usá-los em contextos no qual seus personagens (em sua maioria, femininos) possuem uma perfeição antinatural, polida, asséptica, fria e sem alma. Porém, a força que essa estética carrega, flutuando entre inocência e violência, transmite uma carga de emoção tamanha que torna os trabalhos de Faiyaz, por vezes, assustadores, românticos e estranhamente humanos.
A obra de Faiyaz é sobre a dualidade: sexo e violência; erotismo e inocência. Por exemplo, a dualidade sobre a inocência e a sedução, opostos que em suas animações são paradoxalmente muito parecidos e eles não existem numa oposição absoluta. Nada é pura inocência ou puro mal e a obra do artista justamente mistura esses extremos.
O FILE Anima+ 2017 apresenta, ainda, centenas de animações curta-metragem entre produções independentes, experimentais, de estudantes e grandes estúdios. Sua parceria com o aclamado festival japonês Japan Media Arts Festival apresenta dois programas: “Tenacious, gracious” e “Beyond the Technology”; com vários destaques da animação japonesa. FILE Anima+ também apresenta uma parceria com festival grego ADAF – Athens Digital Arts Festival, com o programa #PostFuture Journey, trazendo animações de diversos artistas do leste europeu.
Raquel Fukuda
Curadora do FILE ANIMA+ 2017
Festivais Parceiros
– ADAF
– Japan Media Arts Festival
DESTAQUE ANIMA +
Faiyaz Jafri – Holanda
1 This Ain’t Disneyland
2 Hello Bambi
3 Planet Utero
4 Natural Plastic
5 Cyclone forever
6 Disconnector
7 POPone
8 Sway
Liu Chang & Miao Jing – Estados Unidos
9 Hills Beyond a River
PROGRAMAÇÃO ANIMA+
1 Adrián Regnier – L. – México
2 Adrián Regnier – Y – México
3 Adrian Dexter, Birk Von Brockdorff, Arnold Bagasha, Mikkel Vedel, Jody Ghani & Drude Mangaard – Vaesen – Dinamarca
4 Amber Xu – Luscious – China
5 Amit Trainin – Yareach – Israel
6 Ana Mouyis – Pussy! – Estados Unidos
7 Anabela Costa – In Motion – Portugal
8 Andrea Cristini – Obsolescence – Canadá
9 Andrew Wilson & Michael Trikosko – Invisible – Estados Unidos
10 Anna Leterq – Corbillard – França
11 Anna Leterq – Metronome – França
12 Anna Vasof – When Times Moves Faster – Áustria
13 Anne Beal – Balance and Swing – Estados Unidos
14 Ash Thorp – None – Estados Unidos
15 Ava I-Wen Huang – Betsy Blue – Taiwan
16 Ben Ozeri & Corentin Monnier – Grandmas Hero – Dinamarca
17 Bo Mathorne – Of the Wand & the Moon: We Are Dust – Dinamarca
18 Bo Mathorne – The Backwater Gospel – Dinamarca
19 Bo Moore – New Bodies – Nova Zelândia
20 Burcu & Geoffrey – Casse-Croûte – França
21 Burcu & Geoffrey – Nurapaten – França
22 Chen Winner – Innerviews – Israel
23 Christian Larrave – Gap Yr Boiz – Estados Unidos
24 Christin Bolewski – Shizen?Natural – Alemanha
25 claRa apaRicio yoldi – Efficient Story – Reino Unido
26 claRa apaRicio yoldi – Iconosfera – Reino Unido
27 Clemens Wirth – Kinsetsu – Áustria
28 Cornelius Joksch – Adultland – Alemanha
29 Daisy Jacobs – The Bigger Picture – Reino Unido
30 Damien Deschamps, Vincent Gallut & Lucie Prigent – 70’s Venice Beach – França
31 Daniel Sousa – Feral – Portugal
32 Daniel Sousa – The Windmill – Portugal
33 Daniella Shuhman – Advice to the Young Artist – Israel
34 Daphné Durocher, Constance Joliff & Fanny Lhotellier – Blue Honey – França
35 Dianne Bellino – The Itching – Estados Unidos
36 Dina Velikovskaya – My Strange Grandfather – Rússia
37 Dropbear (aka Jonathan Chong) – Magnetic – Austrália
38 Eran Hilleli – Panda Bear – Israel
39 Eran Hilleli – Inside Out – Israel
40 Ethem Onur Bilgiç – Weeping Willow – Turquia
41 Faiyaz Jafri – Cyclone forever – Holanda
42 Faiyaz Jafri – Disconector – Holanda
43 Faiyaz Jafri – Hello Bambi – Holanda
44 Faiyaz Jafri – Natural Plastic – Holanda
45 Faiyaz Jafri – Planet Utero – Holanda
46 Faiyaz Jafri – POPone – Holanda
47 Faiyaz Jafri – Sway – Holanda
48 Faiyaz Jafri – This Ain’t Disneyland – Holanda
49 Gerhard Human – Last Train Home – África do Sul
50 Gervais Merryweather – Mall 84 – Grã-Bretanha
51 Giant Animation – Geist – Irlanda
52 Grace Mi – TPJ – Estados Unidos
53 Guilherme Marcondes – The Unlikely Hero – Brasil
54 Gunner – Mesh – Estados Unidos
55 Haoge Liu – Fish Tank – China
56 Helmut Breineder – Porter des Choses – Alemanha
57 Helmut Breineder – Pheromone – Alemanha
58 Henning M. Lederer – Sisyphus Machines – Alemanha
59 Hermes Mangialardo – Multiverso – Itália
60 Hyunmin Lee – Diversion – Coreia do Sul
61 Hornet Studio, Emmanuelle & Julien – Cadillac Fairview – Estados Unidos
62 Hugo Ramirez – The Chase in the Ghost Train – França
63 Ibrido Studio – Water Hunters – Itália
64 Ivan Dixon – Adult Swim. Player Hater – Austrália
65 Jake Fried – Mind Frame – Estados Unidos
66 Joost Jordens, Bob Los, Mike von Rotz, Wilbert van Veldhuizen, Bram Meulman & Rosalia Black – HOUT – Holanda
67 Jules Boulain-Adenis – Sanctuaire – França
68 Julien Regnard – Somewhere Down the Line – Irlanda
69 Juliette Viger – Untamed – França
70 Julius Horsthuis – Fractalicious (serie) – Holanda
71 Karni & Saul – Perfect World – Reino Unido
72 Karsten Hoof & Frederik Salling Troels-Smith – The Great Harlot and the Beast – Alemanha
73 Kazuhiro Goshima – Phenakistoscope 2016 – Japão
74 Kilogramme Studio – A Monkey Who Likes Jam on Toast and Karate – Reino Unido
75 Lærke Kromann – Roommate Wanted Dead or Alive – Dinamarca
76 Little Oil – Circus – China
77 Liu Sha – It Is My Fault – China
78 Loïc Magar & Roman Veiga – Voyager – França
79 Lori Malépart-Traversy – Le Clitoris – Canadá
80 Lori Malépart-Traversy – Nocturia – Canadá
81 Lori Malépart-Traversy – Extra Champignons– Canadá
82 Lucas Durkheim – Grounded – França
83 LUNOHOD – Issa – Letônia
84 LUNOHOD – Wings and Oars – Letônia
85 Mads Weidner – Parrot Away – Dinamarca
86 ManvsMachine Studio – Versus – Reino Unido
87 Marcin Gizycki – STO[NE]S – Polônia
88 Markus Magnusson – KickFlip Grampa – Suécia
89 Markus Magnusson – Floppy Disk – Suécia
90 Martina Scarpelli – Cosmoetico – Italia
91 Masahiko Sato & EUPHRATES – Ballet Rotoscope – Japão
92 Mathieu Rouland – Merge’s The Exit – França
93 Matthias Hoegg – The Power of Privacy – Reino Unido
94 Mehdi Aouichaoui, Claire Dejoie, François Heysen, Pauline Lebris & Quentin Pointillart – Rose Bleue – França
95 Michael Marczewski – Bad Vibes – Reino Unido
96 Michael Marczewski – Vicious Cycle – Reino Unido
97 Mike Winkelmann – Zero-Day – Estados Unidos
98 Monica Manalo – For the Lost – Estados Unidos
99 Moritz Reichartz – Space Diaspora – Alemanha
100 Nicola Gastaldi – GastaLoops – Itália
101 Nicolas Fong – Those Visions Have No End – Bélgica
102 Nicolas Ménard – Wednesday dwith Goddar – França
103 Owl House Studios – Routine – Reino Unido
104 Pasquale D’Amico – My Child is Dreaming – Itália
105 Pedro Ivo Carvalho – Vagabond – Brasil
106 Pierre-Jean Le Moël & Eva Jiahui Gao – OURO: How my eyes became Red – França
107 Ramiro AMK Fernandez – Cubic Circles – Argentina
108 Raquel Piantino – Duplo – Brasil
109 Robert Wallace – Michael Nau. Love Survive – Reino Unido
110 Rune Spaans – Red Rainbow – Noruega
111 Sandrine Deumier – ExterPark – França
112 Sandrine Deumier – Soft Butterfly – França
113 Shawn Wang – Planet Unknown – China
114 Shirin Abedinirad – Babel Tower – Irã
115 Silvia de Gennaro – Travel Notebooks: Beijing, China – Itália
116 Simon Scheiber – The Lighthouse – Áustria
117 Simone Giampaolo – No More Stuff – Reino Unido
118 Sofie Kampmark – Tsunami – Dinamarca
119 Sophie Koko Gate – Half Wet – Reino Unido
120 Studio Smack – Paradise – Holanda
121 Susanne Wiegner – Contemplation is Watching – Alemanha
122 Susanne Wiegner – Future in the Past – Alemanha
123 Susanne Wiegner – Kaspar Hauser Lied – Alemanha
124 The Line Animation – Ciclope – Reino Unido
125 Uwe Heine Debrodt – Renacer – México
126 Vasil Shotarov, Zeno Pelgrims & Klaudia Smigielska – Naughty Princess – Reino Unido
127 Vincenzo Lodigiani – Split – Estados Unidos
128 Vinicius Oppido – Propaganda – Brasil
129 Wizz Studio & Flying V – The Mermaid – Fraça
130 Yali Herbet & Lee Drot – Mirrors – Israel
131 Yugo Limbo – Push it 4000 – Estados Unidos
132 Zachary Zezima – It’s a Date – Estados Unidos
133 Zombie Studio – Dream – Brasil
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FILE GAMES 2017: O descontrole voluntário
A curadoria do FILE Games 2017, a fim de reunir experiências que motivem o jogador a refletir sobre a sua interação, explora a participação estética da agência nos jogos buscando significados entre a tensão voluntária da perda de controle e a necessidade primitiva de ser respondido.
Os jogos digitais têm o potencial de expressão não só de representações como uma coleção de imagens, textos e sons, mas com um sistema dinâmico de comportamentos que evolui e se transforma organicamente.
Essas transformações, causadas e vivenciadas pelo jogador em comunicação com um sistema virtual – assumido como mecânico por conta da sua natureza digital –, em verdade, estabelece uma segunda camada dialogal mais profunda entre a expressão de um autor, maestro de um conjunto sistemas e regras que emergem como experiências latentes para o jogador; e o usuário que atua sobre seu avatar no sistema que é, por consequência, também reflexo da expressão do jogador e parte do canal de interlocução com essa voz imaterial desse autor implícito.
A sensação de controle, por vezes sofisticadamente falsa, concedida a esse jogador é cautelosamente mantida pela suspensão voluntária de descrença que sustenta esse mundo fantástico no qual esse diálogo efêmero e mutante se remonta e esvai a cada decisão do jogador que, então, se concretiza em ação lúdica significativa. Esse pulsar de domínio e incerteza é, talvez, a culminação artística do sistema lúdico como elemento estético.
O combustível dessa interação é o desequilíbrio proposital entre a satisfação do poder da escolha e o conflito causado pela abstinência do controle. Essa inconstância viabiliza o diálogo fundamental da experiência de jogo. A comunicação se dá além da representação imediata dos impulsos resultantes da interface, com desdobramentos introspectivos como a descoberta de significados assumidos como exclusivos do autor. O jogador se empodera não do controle sobre a troca, mas da capacidade de intuir a razão criativa do autor. A intenção de expressão que proporcionou o jogo passa a pertencer ao jogador.
Essa inversão de responsabilidades ocorre como epifania em “Inside” que discute as relações de controle traçando paralelos entre o jovem protagonista perseguido por um sinistro estado distópico. Esse mesmo menino exercendo domínio telepático sobre outros humanos; e, talvez, um meta-jogador, que desafia o pressuposto da interação do usuário.
Em “Old man’s Journey”, o jogador move montanhas para auxiliar o protagonista na sua viagem de reconciliação enquanto revela a carinhosa e dolorida narrativa de seu passado. A travessia das paisagens é um processo meditativo compartilhado entre o protagonista e o jogador, e expõe a fragilidade de ambos ao contrapor o poder de remodelar o mundo à inevitável passagem pela vida.
“Everything” é um jogo contemplativo de exploração do “ser” em multiplicidade de formas e escalas. O jogador assume controle de criaturas, objetos, partículas quânticas, corpos celeste ou do cosmos em um exercício de reflexão e curiosidade casualmente filosófica. A participação no jogo exige o reconhecimento de certa interconectividade de todos os seres que compõem o universo ao mesmo tempo que dissolve a noção de indivíduo enquanto o jogador “salta” entre entidades.
Daniel Moori
Curador do FILE GAMES 2017
PROGRAMAÇÃO FILE GAMES
1 Alec Holowka, Scott Benson & Bethany Hockenberry – Night in the Woods – Estados Unidos
2 Broken Rules Studio – Old Man’s Journey – Áustria
3 Carlsen Games – THOTH – Dinamarca
4 David O’Reilly – Everything – Estados Unidos
5 Dinosaur Polo Club – Mini Metro – Nova Zelândia
6 Geert Nellen – Metrico+ – Holanda
7 Marc Flury & Brian Gibson – Thumper – Estados Unidos e Coréia do Sul
8 Piotr Iwanicki – SUPERHOT – Canadá
9 Plastic Studios – Bound – Polônia
10 Playdead – Inside – Dinamarca
11 Oculus Story Studio – Dear Angelica – Estados Unidos
12 Quicksand GamesLab – Antariksha Sanchar: Transmissions in Space – Índia
13 Tomorrow.gy: Agustin Abreu, Pablo Bounous & Ignacio Platas – Kid Nano – Uruguai
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FILE GIF 2017: Multiplicidade
Na 18ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica em São Paulo, a mostra FILE GIF 2017 exibe 84 obras de 18 artistas, representando mais de dez países. Esta exposição engloba também a primeira edição do FILE GIF AWARD, uma premiação simbólica criada com o intuito de valorizar as obras em GIF, que são criadas e apresentadas espontaneamente no vasto campo da internet.
Em primeiro lugar, “Gastaloops”, do artista inglês Nicola Gastaldi, é um projeto pessoal no qual o artista se propôs a desenvolver 100 GIFs em 100 dias, pelo emprego criativo de 3 cores em 50 quadros. O GIF premiado mostra figuras humanoides caminhando em múltiplas perspectivas, ocupadas com seus próprios afazeres. Seu ambiente relembra as gravuras oníricas de Escher e alude às tarefas diárias que preenchem nosso tempo e atenção. Em segundo lugar, “Flora”, do artista alemão Philipp Artus, faz parte de uma série de animações geradas por um algoritmo que recria o efeito das ondas senoidais encontradas na natureza. As imagens resultantes combinam a estética do algoritmo com elementos da flora natural. Em terceiro lugar, “????????”, do artista eslovaco Adam Pizurny, faz parte de uma série de GIFs que o artista cria com retratos apropriados da internet, nos quais ele manipula as faces de formas diversas, visando dissociar as imagens do seu significado original.
Entre as menções honrosas, “Non-ending layers”, do artista mexicano Daniel Barreto, é uma experimentação com animação rotoscópica cujo objetivo é ilustrar a ideia de remoção da negatividade do corpo. “Anxiety”, do artista croata Paolo ?eri?, mostra um círculo preto rabiscado que, por sua forma e repetição, alude ao infinito. E, finalmente, “Someone’s Living Room No.2”, da artista alemã Thoka Maer, é uma animação que contempla elementos não usuais inseridos em uma sala, de modo a causar estranheza e despertar a curiosidade do espectador em traçar possíveis narrativas que expliquem a sua presença na cena.
Essas obras premiadas, em conjunto com os demais GIFs da exposição, fazem referência à diversidade de temas e linguagens artísticas abarcadas pelos artistas em GIF. Em especial, trata-se de abordar questões da vida contemporânea, tais como as ocupações diárias, a imbricação entre orgânico e artificial, a manipulação de informação, do corpo, do tempo e do espaço, através de técnicas adequadas ao procedimento da repetição. O FILE GIF 2017 pretende, assim, evidenciar a multiplicidade contida em um pressuposto aparentemente único, que se desdobra em complexidade e variedade.
Fernanda Almeida
Curadora do FILE GIF 2017
FILE GIF AWARD 2017
1º Lugar
Nicola Gastaldi – Gastaloops – Inglaterra
100 GIFs animados em 100 dias, “Gastalooops” é um projeto pessoal desenvolvido com regras rigorosas: 3 cores, repetições, 50 quadros.
Como um diário visual, Gasta brincou com padrões, ilusões de ótica, objetos da vida diária, medos e obsessões típicas de Londres.
2º Lugar
Philipp Artus – Flora – Alemanha
A animação em “Flora” é gerada por sobreposição de ondas senoidais que viajam por meio de uma sequência de linhas. Este princípio da onda aparece frequentemente na natureza quando a energia é transmitida através de um meio como a água, o ar ou simplesmente uma corda. A estética resultante combina a precisão computacional com um jogo orgânico e tende a desencadear diversas associações na mente do espectador.
3º Lugar
Adam Pizurny – ???????? – República Checa
Adam Pizurny (1986, Eslováquia) é um artista que trabalha principalmente com arte midiática. Suas obras recebem funções impróprias: as significações são invertidas e a forma e o conteúdo se fundem. As formas são dissociadas de seu significado original, pelo qual o sistema em que elas normalmente funcionam é exposto. Sentidos inicialmente sem ambiguidade são estilhaçados e disseminados indefinidamente. Adam Pizurny atualmente vive e trabalha em Praga.
Menções Honrosas
Daniel Barreto – Non-ending layers – México
O GIF foi uma experimentação com animação rotoscópica. Primeiro fiz um vídeo de mim mesmo movimentando meus braços como queria. Depois separei os frames com o Photoshop, imprimi em uma escala menor e desenhei sobre eles com uma mídia diferente. O objetivo do GIF era representar de alguma forma a mim mesmo ou a qualquer um que se identifique com a ideia de remover o ruído da negatividade do corpo e da alma e jogá-lo para fora de si mesmo.
Paolo ?eri? – Anxiety – Croácia
Em meu trabalho eu exploro a conexão entre arte e ciência, áreas para as quais sempre fui atraído. Aprecio encontrar beleza em formalidades matemáticas, as quais uso como fonte de inspiração e como base para meu trabalho. A natureza repetitiva das minhas animações é algo de grande importância para mim, já que quero criar um sentimento de movimento infinito.
Thoka Maer – Someone’s Living Room No.2 – Alemanha/Estados Unidos
Thoka Maer nasceu e agora desenha. Ela é melhor com lápis, mas consegue lidar com muito mais do que isso. Ela se formou na Universidade de Artes de Berlim em 2014 e fez com que sua família se sentisse bem com essa coisa de arte. Depois de Berlim e Hong Kong, seu corpo e espírito alemães se estabeleceram em Brooklyn, NY.
Jurados
Carla Gannis é uma artista de novas mídias que vive em Nova York. Ela é fascinada por semiótica digital e a situação da identidade nos contextos confusos do físico e do virtual. O trabalho de Gannis foi exibido em inúmeras exposições nacionais e internacionais, e foi destaque na imprensa e em publicações, incluindo ARTnews, The Creators Project, Wired, FastCo, Hyperallergic, The New York Times e The LA Times, entre outros.
Clayton Shonkwiler é matemático e artista. Ele recebeu seu Ph.D. da Universidade da Pensilvânia e é Professor Assistente de Matemática da Universidade Estadual do Colorado. Ele é especialista em nós aleatórios e começou a criar animações como parte de sua pesquisa. Sua arte ainda é muitas vezes inspirada em sua pesquisa ou ensino, mas também ganhou um pouco de vida própria.
PROGRAMAÇÃO FILE GIF
1 A. L. Crego & Borondo – Psyche – Espanha
2 Adam Pizurny – After Birth, Auto Portrait, Cloth Head, Dissociation, emilycloth01, estsanatlehiv, estsanatlehiv2, Permutation 2, Voxel Sorting & ???????? – República Checa
3 Anne Beal – Excerpt from ‘Wishing Well’ 2015 1, Excerpt from ‘The Goddess Project’ 2015 2 & Excerpt from ‘Wishing Well’ 2015 – Estados Unidos
4 Bill Domonkos – Ornithologist – Estados Unidos
5 Bill Domonkos – Fig. 370 – Estados Unidos
6 Carl Burton – sem título – Estados Unidos
7 Daiana Ruiz – sem título – Argentina
8 Daniel Barreto – Non-ending layers – México
9 Eric Lefaure – 034, 046 & 048 – França
10 Faith Holland – Visual Orgasms – Estados Unidos
11 Gennadiy Chernega – We are targets – Ucrânia
12 James Zanoni – test_0294, test_0390, test_0514, test_0524, test_0734, test_0739, test_0890 & test_287 – Estados Unidos
13 Nicola Gastaldi – Gastaloops – Inglaterra
14 Paolo ?eri? – Anxiety, Medusa & Zeta – Croácia
15 Philipp Artus – Flora – Alemanha
16 Sabato Visconti – Apocalypse Beach – Brasil/Estados Unidos
17 Sandra Crisp – Interface-Twitterstorm3 – Reino Unido
18 Thoka Maer – Someone’s Living Room No.1 & Someone’s Living Room No.2 – Alemanha/Estados Unidos
19 Tom Morris – Dusk Driving – Reino Unido
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HIPERSÔNICA
PROGRAMAÇÃO HIPERSÔNICA
Participantes
1 Cedric Yon – Untitled – 1 & 2 – Estados Unidos
2 Debashis Sinha – 4 Poems for Body and Breath – Canadá
3 Demian Rudel Rey – Che-toi – Argentina
4 DRN: Eduardo Nespoli & Adriano Claro Monteiro – DRN – Brasil
5 G3: Filipe Matos – Text me Something Interesting about Yourself – Portugal
6 John F. Barber – 11’22” – Estados Unidos
7 Juan Carlos Vasquez – Collage 12 “Beethoven Collage” – Finlândia
8 Laura Tack – MRI – Bélgica & Islândia
9 Laura Tack – Un chant d’amour – Bélgica & Islândia
10 Luis Valdivia – Xaev1uox – Argentina
11 Marco Ferrazza – CitiZen – Itália
12 Ouazzani Sarah – Chat-huant (Tawny Owl) – França
13 Pairs of three: Eduardo Abrantes – Os Três Inimigos da Alma – Dinamarca
14 Pairs of three: Eduardo Abrantes – Sister Brother Agatha Darkness – Dinamarca
15 Ricardo de Armas – El sueño de la razón produce monstruos – Argentina
16 Ricardo de Armas – Alucinógeno Dalí – Argentina
17 Rocío Cano Valiño – Tâches – Argentina
Screening
1 ‡Starvingpoet§ – Black Hand Rose Garden – Estados Unidos
2 Alejandro Casales – MOD – México
3 Alfonso Pretelt – Euridice – Holanda
4 Brandon Blommaert – e:e:e:e:e – Canadá
5 Chi Pohao – Lightscape-Chromatic Nocturne – Taiwan
6 Darren McClure – Perennial – Japão
7 Dénes Ruzsa – S.C.A.N. – Searching Alternative Nature – Hungria
8 Mike Celona – DecoSpan – Estados Unidos
9 Mike Celona – Legendary Variations – Estados Unidos
10 Ouazzani Sarah – Berceuse – França
11 Salar Niknafs – Adrift – Austrália
12 Yiannis Kranidiotis – Ichographs MdelP – Grécia
Vídeo Música
1 Agnieszka Zimolag DRTHRDWR – Phantom Surface – Holanda
2 Alfredo Ardia – Rami – Itália
3 Glyph & Ravana – Old Delhi – Índia
4 Grant Petrey – Filament – Reino Unido
5 Grant Petrey – Mesmer – Reino Unido
6 Hibanana Studio: Miao Jing & Chang Liu – Transition – Estados Unidos
7 Lustre – SPaRks – Estados Unidos
8 Nelton Pellenz – Noite Azul – Brasil
9 Scant Intone & C130 – Eye of the Storm – Canadá
10 Tommy Becker – Song for Awe & Dread – Estados Unidos
11 Tommy Becker – Song for Our Aquarium – Estados Unidos
12 Vj Iluminous (Manolo Fraga) – O Voo do Navegador – Brasil
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FILE LED Show 2017: Diálogos possíveis
O FILE LED Show 2017: Diálogos possíveis apresenta dezoito obras divididas em três mostras que utilizam a Galeria de Arte Digital do Sesi-SP como suporte para a investigação de diferentes linguagens artísticas: o Cinema Algoritmo, o Projeto Faces e uma ação colaborativa com a Universidade de Nova York Abu Dhabi. As criações na superfície do edifício transformada em tela enfatizam o diálogo da poética com o aspecto material da imagem, já que o suporte sobre o qual ela se materializa, ainda que de forma efêmera, é um elemento essencial na sua concepção.
A mostra Cinema Algoritmo exibe “Daemon”, do austríaco Hansi Raber e do alemão Andreas Lutz, “Saccade”, do coletivo turco Ouchhh Studio, e “Algo_light”, do artista espanhol Servando Barreiro. De forma similar aos cineastas da vanguarda abstrata, esses artistas criam combinações de diferentes formas que visam atingir o espectador através de embates entre luz e escuro, traços e figuras geométricas ou orgânicas. “Daemon” faz referência às experimentações do cinema estrutural de Peter Kubelka ou Tony Conrad. Neste vídeo, assim como em “Arnulf Rainer” (1960) e “The Flicker” (1966), luzes intermitentes inquirem os passantes da Avenida Paulista a prestar atenção nas reações que tais estímulos visuais causam em seus corpos. “Algo_light” apresenta figuras circulares que ecoam filmes baseados nesse formato, como “Samadhi” (1967), de Jordan Belson. Mas a proposta de meditação profunda de Belson não é possível na rua. No contexto da metrópole, em que somos tomados por diversos estímulos visuais, sonoros e olfativos, o próprio ato de perceber a arte que nos circunda já é resultado de um posicionamento distinto diante da cidade. Uma forma de encará-la que foge da alienação do dia-a-dia e atenta às nuances dos acontecimentos ao nosso redor. “Saccade” surge como uma espécie de combinação de “Daemon” e “Algo_light” ao reunir luzes intermitentes e diferentes formas geométricas e orgânicas simuladas. Os filmes desses artistas mesclam importantes referências da história do cinema experimental com as recentes técnicas de geração de imagens digitais. O cinema algoritmo resulta, assim, em uma nova forma de expressão que dialoga diretamente com a arte que se constituiu antes dele.
O Projeto Faces segue uma lógica similar, que combina elementos da história da arte com técnicas atuais de geração de imagens. Esta mostra constitui uma adaptação pública e em alta escala de dez retratos concebidos originalmente pelo artista eslovaco Adam Pizurny como gifs. Pizurny se apropria de scans em 3D encontrados na internet para modificá-los digitalmente e criar animações que desconstroem os rostos originais. Algumas faces se tornam máscaras de tecido que voam, outras parecem dissolver em meio a bolhas ou ondas na água. Ainda há as que se fundem com elementos externos, se fragmentam ou sobrepõem, de modo a lembrar as telas cubistas de Picasso ou Braque. O retrato, forma tão antiga de representação artística, sai do browser de internet e vai à superfície do edifício, dialogando com as diversas faces que passam pelas ruas da cidade todos os dias.
Além dos transeuntes, o cenário da Avenida Paulista abrange cinco projetos de jovens artistas, representantes de países como Turquia, Sri Lanka, Peru, Dubai, Estados Unidos, Paquistão e Emirados Árabes Unidos. Em parceria com a Universidade de Nova York Abu Dhabi, as obras “Droplet”, de Alia Alharmi, “Evolving Roots”, de Ekin Basaran, “Mudança de Dança”, de Harshini J. Karunaratne, “Window”, de Nahil Ali Memon, e “Crossroads”, de Felix Hardmood Beck e Zlatan Filipovic, foram desenvolvidas especialmente para esta exposição. O tempo, a dinâmica entre natureza e tecnologia, a imagem em movimento, a expressão corporal e a arquitetura são questões exploradas por esses artistas. As adaptações relativas ao suporte do edifício subjazem às poéticas e servem de metáfora para ações cotidianas, as quais envolvem o conflito entre modos de vida e a necessidade de aprendizado da tolerância às diferenças.
As três mostras do FILE LED Show 2017: Diálogos possíveis indicam que as adaptações a determinado ambiente, como o uso de uma tecnologia como linguagem artística, um suporte distinto de imagem ou o dia-a-dia em locais privados e públicos, sempre requerem um esforço para conciliar o antigo e o novo; pois um não substitui o outro, mas com ele deve aprender a dialogar. O espaço público da fachada do edifício pode abrigar diversas vozes com as quais a conversa com os passantes se torna possível através da arte.
Fernanda Almeida
Curadora do FILE LED Show 2017
PROGRAMAÇÃO FILE LED SHOW
I – Cinema algoritmo
1 Hansi Raber & Andreas Lutz – Daemon – Áustria/Alemanha
2 Ouchhh Studio – Saccade – Turquia
3 Servando Barreiro – Algo_light – Espanha
II – Projeto Faces
1 Adam Pizurny – República Checa
II – Universidade de Nova York Abu Dhabi
1 Alia Alharmi – Droplet – Dubai
2 Ekin Basaran – Evolving Roots – Turquia
3 Felix Hardmood Beck & Zlatan Filipovic – Crossroads – Emirados Árabes Unidos
4 Harshini J. Karunaratne – Mudança de Dança – Sri Lanka/Peru
5 Nahil Ali Memon – Window – Estados Unidos/Paquistão
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MÍDIA ARTE
PROGRAMAÇÃO MÍDIA ARTE
1 AND-OR: René Bauer, Beat Suter & Mirjam Weder – DadaOverload – Suíça
2 Anna Eyler – How to Explain Love to a Tape Measure – Canadá
3 austraLYSIS – novelling – Estados Unidos
4 Boris du Boullay – Un film écrit / This is a written film – França
5 Bruno Ministro – Nigerian Prince! – Portugal
6 João Marcos Maciel – Mr. Market’s Emotions – Brasil
7 Jürgen Trautwein (aka jtwine) – OVER_TOP – Estados Unidos
8 Liu Chang – Nature and Algorithm – China & Estados Unidos
9 María Papi – Hit the Road, Jack – Argentina
10 Michael Takeo Magruder – (endless) Wall – Reino Unido
11 Pedro Veneroso – Gogoame – Brasil | Brazil
12 Peter Whittenberger – 100 Years is not Enough – Estados Unidos
13 Rojo – Convergence – I – Colômbia
14 Thiago Cóser – Real – Brasil
15 Wreading Digits – Pontos: uma recombinação textual intermedial e transpoética – Portugal
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REALIDADE VIRTUAL
PROGRAMAÇÃO REALIDADE VIRTUAL
1 Aaron Bradbury – LoVR – Inglaterra
2 Jan Rothuizen, Sara Kols & Zesbaans – Drawing Room – Alemanha
3 Mike von Rotz & Joost Jordens – Transition – Holanda
4 Quba Michalski – Ex/Static – Estados Unidos
5 Quba Michalski – The Pull – Estados Unidos
6 Sehsucht Berlin – Moderat “Reminder” – Alemanha
7 Silvia Ruzanka & Ben Chang – Traversing the Sectors – Estados Unidos
8 ZDF Enterprises – Gladiators in the Roman Colosseum – Alemanha
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VIDEOARTE
Nuances do tempo no FILE Videoarte 2017
Na 18ª edição do FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica em São Paulo, o FILE Videoarte 2017 apresenta uma seleção com 23 obras de artistas de 15 países. Entre estas obras, seis compõem os premiados da primeira edição do FILE Video Art Award. Em 1º lugar, “Performance Capture: Part 2”, do holandês Mike Pelletier; em 2º lugar, “The Stream VI”, do japonês Hiroya Sakurai; e em 3º lugar, “Landscape for a person”, da argentina Florencia Levy. As três menções honrosas são dedicadas a obras de artistas mulheres: “Forsaken Forest”, da polonesa Anna Beata Baranska, “Garden Conversations”, da colombiana Diana Salcedo, e “Estado Líquido”, da brasileira Fernanda Ramos.
As obras ressaltadas nesta edição do FILE Videoarte demonstram que, quando se trata de arte, a técnica é menos importante que a poética na realização de uma proposta. O conjunto de vídeos apresentado nesta exposição abrange desde técnicas mais antigas, como a captura da câmera em live action, a animação de fotografias em stop motion e a edição de imagens encontradas, até tecnologias mais recentes, tais como softwares de captura de movimento e animação em 3D. Em todos os casos, independentemente da técnica empregada na concepção das imagens, as obras convidam o espectador a perceber as nuances do tempo. Essas nuances podem emergir de considerações sobre o momento histórico em que vivemos ou de constatações da passagem de outros tempos possíveis, quando estamos engolfados em um cotidiano acelerado.
Em “Performance Capture: Part 2”, por exemplo, Mike Pelletier cria imagens de seres humanóides cujos corpos inflam e desinflam à medida que se movimentam, criando um cenário onírico reforçado pelo som. Como comenta o artista, “o que deveria ser usado para registrar, simular e criar realidades virtuais perfeitas, pelo contrário sucumbe para o excepcional, o abstrato e o irreal”. Hiroya Sakurai também cria imagens excepcionais em “The Stream VI”. Mas, diferente de Pelletier, que usa novas tecnologias, Sakurai registra o fluir da água nos antigos arrozais produzidos artificialmente na natureza, criando um ambiente poético que nos mostra a passagem do tempo junto à água corrente. Por sua vez, em “Landscape for a person”, Florencia Levy cria uma suspensão no tempo, ao apresentar imagens de diferentes partes do mundo – coletadas do Google Street View – combinadas com áudios de pessoas em situação de trânsito ou deportação. A contraposição entre as falas em velocidade habitual e as imagens desaceleradas cria certo estranhamento e evidencia a violência envolvida nesses trânsitos, embora nenhuma imagem violenta seja exibida.
Os demais vídeos da exposição apresentam diversas situações que dialogam com essas propostas. Em “Forsaken Forest”, de Anna Beata Baranska, é possível contemplar os pequenos detalhes que indicam a passagem do tempo em uma floresta simulada. Em “Garden Conversations”, de Diana Salcedo, natureza, humano e máquina compõem uma dança, tornando-se um ser uníssono. Caso diferente de “Estado Líquido”, de Fernanda Ramos, que apresenta um experimento audiovisual sobre o lixo, fazendo referência ao polêmico rompimento da barragem da mineradora Samarco em 2015, no distrito de Mariana, em Minas Gerais. Nesta obra, o lixo representa fraturas, ou perturbações, na fluidez da passagem do tempo e da paisagem natural.
Essas obras reforçam a ideia de que, assim como a técnica é menos importante que a poética na arte, a decisão sobre que tipo de uso será feito das ferramentas que dispomos é essencial na escolha entre possibilitarmos a concretização de cenários distópicos ou agirmos contra esta tendência para que tais cenários não se tornem reais. Neste sentido, a criação da possibilidade de percepção das nuances do tempo torna-se uma ação essencial na discussão sobre que futuro queremos. Tais como os “espaços vazios” do cinema propiciam um momento de contemplação fora dos prolongamentos relativos à ação, as obras desta exposição proporcionam brechas no tempo veloz do dia-a-dia e chamam atenção para questões do momento em que vivemos e de outros tempos imaginários e possíveis.
Fernanda Almeida
Curadora do FILE Videoarte 2017
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FILE VIDEO ART AWARD 2017
Premiados
1º Lugar
Mike Pelletier – Performance Capture: Part 2 – Holanda
Em “Performance Capture: Part 2”, sequências de captura de movimento de uso livre são traçadas como personagens em 3D. Os corpos inflam, desinflam e oscilam entre estados enquanto os movimentos se alteram e repetem em padrões contrabalanceados e as informações são transferidas de um corpo ao outro. Na animação, o que deveria ser usado para registrar, simular e criar realidades virtuais perfeitas, pelo contrário sucumbe para o excepcional, o abstrato e o irreal.
2º Lugar
Hiroya Sakurai – The Stream VI – Japão
Nos cursos de água feitos pelo homem nos arrozais, a água na natureza deve seguir regras artificiais, dando origem a uma nova forma de beleza distinta do estado natural. Esta obra é um balé que utiliza o som e o movimento das algas e da água nesse ambiente.
3º Lugar
Florencia Levy – Landscape for a person – Argentina
“Landscape for a person” (Paisagem para uma pessoa) traça um caminho através de diferentes locais em uma sequência de imagens. O material visual foi filmado no Google Street View e depois editado com entrevistas em áudio de pessoas que estavam em conflito de trânsito ou deportação.
Menções honrosas
Anna Beata Baranska – Forsaken Forest – Polônia
Escuridão, árvores balançando, insetos zumbindo. A natureza muda lentamente, conduzida pelo seu ritmo natural. Podemos ver o que a natureza nos oferece: árvores, nuvens, insetos, pássaros, sol, lua, grama, um pouco de pólen, poeira, mas também algo a mais. A racionalidade rasteja um pouco irracional para discretamente tornar a paisagem um pouco mais irreal.
Diana Salcedo – Garden Conversations – Colômbia
As lembranças voltam à vida em diferentes formas, de objetos ao corpo e o lugar onde habitavam. Deve-se notá-los e iniciar uma conversa com eles. Dirigido e editado por Diana Salcedo; Coreografia de Martha Hincapié Charry; Música de Ana María Romano; Programação de Miri Park; Figurinos de Natalia Esguerra Villegas.
Fernanda Ramos – Estado Líquido – Brasil
“Estado Líquido” é um documentário experimental sobre o descontrole do lixo, o vazamento de dejetos liquefeitos e suas consequências. Criado através de animação com fotografias, foi filmado em dezembro de 2015 no distrito de Mariana, MG, Brasil.
Jurados
Anna Vasof é arquiteta e mídia-artista. Com suas invenções engenhosas e maravilhosas, ela cria objetos, ações, instalações e vídeos divertidos, poéticos e críticos. Desde 2004, seus vídeos e curtas-metragens são apresentados e ganharam prêmios em vários festivais internacionais. Ela está atualmente trabalhando em uma tese de doutorado sobre Non-Stop Stop-Motion, um método de animação que ela está desenvolvendo.
Bego M. Santiago é uma artista visual da Galícia com base em Berlim. Ela considera sua produção artística interdisciplinar e se especializa no uso da luz como uma ferramenta pictórica e escultórica. Ela pretende explorar o feedback entre a realidade e a representação e gosta de jogar com binômios como: real/falso, presença/ausência e original/cópia. A luz é para ela a ferramenta perfeita para a geração de ilusões ópticas e simulação, permitindo dar vida a objetos inanimados, obscurecendo os limites entre realidade e representação, presença e ausência.
PROGRAMAÇÃO VIDEOARTE
1 Albert Bayona – Darrere la Benzinera – Espanha
2 Anna Beata Baranska – Forsaken Forest – Polônia
3 Anne Beal – Positioning – Estados Unidos
4 APOTROPIA: Antonella Mignone & Cristiano Panepuccia – Echoes of a Forgotten Embrace – Itália
5 Brit Bunkley – Ghost Shelters – Nova Zelândia
6 Diana Salcedo – Garden Conversations – Colômbia
7 Fabiano Rodrigues – Ratsrepus – Brasil
8 Fernanda Ramos – Estado Líquido – Brasil
9 Florencia Levy – Landscape for a person – Argentina
10 Francesca Leoni & Davide Mastrangelo – Simulacro – Itália
11 Hiroya Sakurai – The Stream VI – Japão
12 Kai Welf Hoyme – Skeleton – Alemanha
13 Karoline Georges – Profile Update – Canadá
14 Karoline Georges – REPÈRES (Landmarks) – Canadá
15 Lynn Bianchi – Grasshoppers – Estados Unidos
16 Mike Pelletier – Performance Capture: Part 2 – Holanda
17 Przemek W?grzyn – Practice – Polônia
18 Rodrigo Faustini – Dissimulados – Brasil
19 Rogelio Meléndez – Pausa – México
20 Sandra Crisp – Remote City (skygardens_towers) – Reino Unido
21 Sigrun Höllrigl & George Chkheidze – A Man and a Woman – Áustria
22 Susanna Flock – Fetish Finger – Áustria
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FILE WORKSHOP 2017
PROGRAMAÇÃO
Aieda Freitas – Performance audiovisual – Brasil
Amy Karle – Diagramando Futuros Biônicos: Criando o Material, Revelando o Espiritual – Estados Unidos
Bernardo Loureiro & Leila Santiago – Cidades inteligentes, cidades vigiadas: Uma oficina de mapeamento experimental – Brasil
Carmem Castanon – Jogue do seu jeito – Brasil
Célia Fernandes – Vestíveis e Fashiontech – Brasil (IED)
CrossLab: Clarissa Ribeiro, Andressa Hadig Haidar, Maria Clara Reial, Stavros Didakis & Mick Lorusso – Stardust: Pixels como dados brutos para sonificação – Brasil, Estados Unidos e China
Estúdio Preto e Branco & Daniel Grizante – Animação para projeção volumétrica em espaços – Brasil
Fabio Yamaji – Animac?a?o com rotoscopia artesanal – Brasil
Fabricio Lima – Experimentos com animação tradicional – Brasi
Faiyaz Jafri – Neoarquétipos: A Apropriação e a Transcendência de Referências Pop no Ciberespaço – Holanda
Gabriel Camelo, Thais Weiller, Danilo Dias & Arthur Zeferino – Fac?a seu jogo! – Brasi
Gabriel Menotti – Pequenos monumentos: Digitalização de artefatos e memória afetiva – Brasil
Henrique Stabile – Design paramétrico com Arduíno e Grasshopper – Brasil (IED)
Mauricio Jabur – Programe seu Pinball e construa seu controle: Introdução à interatividade com eletrônica e programação – Brasil
Sandro Miccoli – Introdução a live (visual) coding com cyril – Brasil