FILE SÃO PAULO 2017 – Artista: Marc Lee

FILE São Paulo 2017: O borbulhar de universos

O borbulhar de universos
Com o surgimento das redes existe hoje uma multiplicidade de eventos nunca vistos até então. A proliferação desenfreada de informação se dá numa escala gigantesca. A produção de dados nos leva a arquivamentos sem precedentes, o que demanda a criação de milhares de dispositivos de inteligência informacional conectados entre si. Há um aumento exponencial de informação que envolve a todos num fluxo incessante e arrebatador de conceitos, de imagens, de opiniões, de desejos. Ninguém está imune a esta contaminação. Nenhuma disciplina se mantém em seus limites. A proliferação de mundos e tendências nos arrebata numa pluralidade indeterminada. Tudo e todos estão inflando-se como numa gigante vermelha prestes a explodir. O universo outrora imenso e sem fim torna-se pequenodiante do multiverso. Vivemos na época do borbulhar de universos.

Paula Perissinotto e Ricardo Barreto
Fundadores e organizadores do FILE

Marc Lee | 10.000 moving cities – same but different

Em “10.000 moving cities – same but different” (10.000 cidades em movimento – igual, porém diferente), o usuário se movimenta através de mundos visuais postados publicamente por outras pessoas em redes sociais como YouTube, Flickr, Freesound e Twitter. No espaço virtual, a informação é visualizada em cubos que se erguem em alturas diferentes para se transformar em um ambiente urbano abstrato. Isso resulta em cada vez mais não-lugares/lugares de lugares perdidos, no sentido do livro e ensaio de Marc Augé “Não-Lugares”, que poderiam existir em qualquer lugar do mundo sem uma verdadeira identidade local.

Créditos:
Marc Lee em colaboração com o Intelligent Sensor-Actuator-Systems Laboratory (ISAS) e o ZAK | Centre for Cultural and General Studies no Karlsruhe Institute of Technology (KIT).