Witaya Junma
Into the Wind
FILE São Paulo 2019
Festival Internacional de Linguagem Eletrônica
Inspirada na observação de ambientes da vida quotidiana, ‘Into the Wind’ surgiu como um experimento que se propunha a reproduzir processos naturais em espaços da natureza, baseando-se tanto na tecnologia aplicada quanto na percepção humana. O principal elemento desta obra é o vento, a singela força natural que flui entre nós. Não o enxergamos, mas somos capazes de sentir sua presença, seu movimento, somos capazes de enxergar seu sopro de vida através do pólen e da grama. Em ‘Into the Wind’, o espectador é convidado a replicar o vento, em mecanismos especiais que são ativados através da respiração. Mais especificamente, ‘Into the Wind’ consiste em uma instalação que interpreta bolhas ao vento; as formas e contornos dessas bolhas variam de acordo com o soprar do espectador, que também pode visualizar os processos e mecanismos da instalação através das estruturas transparentes que a constituem. ‘Into the Wind’ foi desenhado para mimetizar a natureza, transformando respiração em vento através de programas computacionais. O vento, então, ativa e movimenta os mecanismos; produzindo diferentes resultados e transformando cada interação em uma experiência única. Este projeto também encoraja os visitantes a questionarem os processos envolvidos. Seriam eles meros espectadores ou também engrenagens deste mecanismo?
Bio
Witaya Junma: Como artista, sou entusiasta da aplicação de novas abordagens em minhas obras. Já investiguei diferentes ramos da ciência na criação de meus trabalhos. A tecnologia e as máquinas acabaram tornando-se significativas em minha produção. Para mim, são produtos de observação ou imitação da natureza. Em outras palavras, são réplicas de coisas vivas, e o criador somos nós, os seres humanos. O principal papel da tecnologia e da máquina é tornar nossa vida mais fácil, porém, se oferecermos a elas um lugar no mundo da arte e lhes atribuirmos diferentes papéis, por exemplo, contar histórias ou amplificar expressões, creio que podemos criar novas formas de arte. O uso da tecnologia e das máquinas com sabedoria pode nos ajudar a transmitir os objetivos do artista de forma mais eficaz do que os meios convencionais