
SYNTHETIKA – Arte e Tecnologia
FILE 2025
Synthetika
Electronic Language International Festival
15 de Julho a 7 de Setembro
Terça a Domingo, 10h – 20h
Centro Cultural FIESP
Design: Victor Sardenberg
Imagem: Subsomnia – Windswept
Synthetika
Diferentemente de Hegel, que chamou o conjunto de ideias de determinada época de “espírito do tempo” (Zeitgeist), poderíamos chamar nossa época de “Zeitsynthetik” (o tempo do sintético). No período clássico, a arte era inseparável da religião, cuja essência era a espiritualidade; na modernidade a espiritualidade foi substituída pelas ideologias das grandes narrativas (capitalismo e socialismo). As artes clássicas inventaram a poética e a estética: o belo e o sublime. A arte moderna inventou a vanguarda que se propunha ser revolucionária, seu motor era a dialética do novo sem o velho, e por outro lado os pós-modernistas misturaram tudo com tudo, inclusive o velho com o novo. Hoje vivemos na época das tecnologias sintéticas, a época das tecnologias disruptivas. Em que o novo da modernidade já não é mais suficiente e nem surpreendente. A sinteticidade é o novo vetor: algoritmos sintéticos; realidades virtuais sintéticas; inteligências sintéticas. O motor da arte sintética passa a ser: 1) a fusão entre o novo artístico e a inovação tecnológica e 2) a intercriatividade entre o artista e a criatividade artificial. Os engenheiros de prompts simulam estrategicamente personas para as IAs no intuito de sair da trivialidade e obter assim resultados mais criativos. As inteligências sintéticas não são mais apenas instrumentos, mas parceiras dos artistas, na construção de uma simbiose criativa e inovadora.
A arte e a cultura passam por um instante em que a criatividade deixa de ser só humana, ela se torna artificial; a sinteticidade prospecta assim uma pós-cultura, uma nova FORMA: a forma SYNTHETIKA.
Ricardo Barreto
Curador e cofundador do FILE
Festival Internacional de Linguagem Eletrônica
SYNTHETIKA: A simbiose criativa
Como propôs Ricardo Barreto, se Hegel definiu o “espírito do tempo” como Zeitgeist, hoje vivemos sob o signo do Zeitsynthetik — o tempo do sintético. Nossa era não é mais regida apenas por ideologias ou espiritualidades, mas por tecnologias disruptivas que dissolvem fronteiras entre o humano e o artificial, o orgânico e o digital. A arte, longe de ser mera representação ou crítica, tornou-se um campo de simbiose criativa, em que algoritmos, inteligências artificiais e corpos biológicos coabitam e coevoluem.
A exposição do FILE 2025 celebra a SYNTHETIKA, uma estética emergente que transcende as dicotomias da modernidade e o pastiche pós-moderno. Aqui, a criatividade não é mais exclusivamente humana: é uma dança entre artistas e sistemas generativos, entre gestos ancestrais e redes neurais. As obras selecionadas revelam a intercriatividade desenvolvida conjuntamente à evolução tecnológica. Dentro da ambiência visual e sonora fabricada por IAs em Transformirror (de Daito Manabe e Kyle McDonald), o passado sintetizado é reinterpretado pela experimentação de uma nova fisicalidade em que todos os elementos imagéticos são transmutáveis e gerados a cada gesto.
A IA não é apenas ferramenta, mas parceira, desafiando noções de autoria, originalidade e sensibilidade. Os videoclipes The Noise of Art, Freeda Beast e Liberation, desenvolvidos por meio de redes adversárias generativas (de Mario Klingemann), evocam a vanguarda da apropriação do aprendizado profundo e sua introdução na criação do artista. I am I (de Gioula Papadopoulou e Olga Papadopoulou) apresenta avatares digitais que questionam a senciência existencial e Aquarela de Íons (de Arthur Boeira e Gustavo Milward) traduz dados solares em paisagens sensoriais.
Na mostra FILE 2025 SYNTHETIKA, o sublime já não está na natureza ou nas máquinas, mas no entrelugar onde elas se fundem. Fractalicius (de Julius Horsthuis) transforma equações matemáticas em universos cinematográficos; Deep Paula (de Erika Kassnel-Henneberg) ressuscita memórias através de algoritmos, expondo a fragilidade da percepção; a desconfortável vigilância diante dos novos corpos digitais em //:Are you observing or being observed? (de Vitória Cribb) nos avisa sobre a nossa presença digital e os novos limites da materialidade; Newton’s Cradle (de Jeff Synthesized) recodifica o tempo como mercadoria em um futuro distópico. Até os fungos de Mycelium (do coletivo Ultravioletto) e as criaturas pós-humanas de Meka Talks (de Koral Alvarenga) propõem inteligências não humanas como modelos de reorganização social e ecológica.
Em face dos novos paradigmas ecológicos, Spiral of Time (de Edwin van der Heide), Visual Bird Sounds (de Andy Thomas) e OUVIR (de Craca) utilizam registros documentais da vida natural para simultaneamente aproximá-la da nossa percepção sensorial e desconstruí-la para propor novos espaços de navegação criativa dentro de ecossistemas familiares. Por outro lado, o olhar crítico e prospectivo de The Hunter and Dog (de Frederik De Wilde) contesta esse mundo pós-natural e biotecnologicamente projetado em que a edição de DNA (CRISPR) pode controlar a evolução biológica e tecnológica.
Este é um manifesto para uma arte pós-antropocêntrica, onde a sinteticidade — a hibridização radical de corpos, dados e ambientes — redefine o próprio ato de criar. A brincadeira de adivinhação entre o artista e a IA em Unreal Pareidolia (de Scott Allen) demonstra que a programação pode ser um orientador que possibilita uma “imaginação expandida” para a exploração de gaps criativos. Se a modernidade cultuou o novo e a pós-modernidade ironizou o cânone, a SYNTHETIKA dissolve ambos em um fluxo contínuo de recombinações algorítmicas. O artista agora é um engenheiro de prompts, um coreógrafo de sistemas, um xamã de redes.
Nos limites ficcionais expostos em Boundaries (de Memo Akten e Katie Peyton Hofstadter), percebemos que a humanidade reconhece a si mesma por meio da coletividade alcançada pela visualização de dados e vive uma jornada de autopercepção e interconexão macrológica e micrológica. ReCollection (de Weidi Zhang e Rodger Luo) demonstra que a IA conecta línguas para revelar que compartilhamos a experiência do que é humano e nos emocionamos com memórias similares, coletivas.
A seleção de obras nesta exposição — desde os mundos fractais de Julius Horsthuis até as distopias algorítmicas de Jeff Synthesized — ecoa o princípio da Zeitsynthetik: uma era onde a tecnologia não serve à arte, mas com ela se confunde, gerando paisagens de uma beleza desconhecida. Aqui, cada peça é um nó em uma rede maior, um experimento sobre como criar quando a inteligência é coletiva, distribuída e, acima de tudo, artificialmente selvagem.
Bem-vindos à era em que a arte não imita a vida, mas a sintetiza.
Paula Perissinotto
Cocuradora e Cofundadora
FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica
Clarissa Vidotto
Cocuradora do
FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica
Synthetika
PROGRAMAÇÃO
Dançando pelo Espaço Latente
Mario Klingemann ama dançar — não profissionalmente — mas, sempre que o faz, tenta traduzir sua interpretação do movimento e dos gestos da música para o espaço multidimensional de seu corpo. Trabalhando com os espaços latentes de redes neurais, particularmente com GANs, encontrou um processo paralelo: traduzir som em imagens. A dança torna a música visível por meio do movimento; sua arte tenta fazer o mesmo com inteligência artificial, permitindo que a música molde imagens. As três obras em vídeo apresentadas — Freeda Beast — Bringing Things to an End (GAN generated beta) (2017), The Noise of Art (2020) e Liberation (2020) — são experimentos nessa tradução, cada uma criada de uma só vez por um código escrito por ele, que responde ao ritmo e ao clima das músicas. Bringing Things to an End, provavelmente um dos primeiros videoclipes totalmente gerados por IA no mundo, utiliza um modelo de geração de rostos treinado pelo artista.
Transformirror
Daito Manabe & Kyle McDonald – Japão / Estados Unidos
Quando tudo é imaginado pela IA – da música e das imagens aos prompts e títulos – como é olhar para o espelho? Este estudo seminal de geração de imagem em tempo real, viabilizado em 2023 com Stable Diffusion XL-Turbo e Stable Audio, investiga o futuro da mídia e da interatividade. Poderemos compreender melhor esses sistemas ao interagir com eles fisicamente, em tempo real?
Boundaries
Memo Akten & Katie Peyton Hofstadter – Estados Unidos
Boundaries é uma obra monumental que investiga a ilusão da separação — entre o eu e o outro, corpo e ambiente, matéria e mente — e reflete sobre a interconexão de todas as coisas, dos microrganismos aos átomos forjados em estrelas extintas. Criada com código personalizado, IA, visão computacional, pintura digital e dança, a obra une tecnologia e expressão corporal em uma experiência íntima e contemplativa.
Hunter and Dog
Frederik De Wilde – Bélgica
Hunter and Dog, de Frederik De Wilde, reinterpreta a escultura neoclássica de John Gibson (1838) com digitalizações, algoritmos genéticos e evolutivos, refletindo sobre paradigmas pós-evolutivos impulsionados por CRISPR. A obra cruza evolução humana e engenharia genética, revelando como o controle biotecnológico, ligado ao bioprospectivismo colonial, pode perpetuar desigualdades. Questiona quem controla a vida em um futuro moldado pela biotecnologia, desafiando o tecnoutopismo e especulando sobre um mundo pós-natural.
Aquarela de Íons
Arthur Boeira & Gustavo Milward – Brasil
A cada 11 anos, o Sol passa por ciclos de atividade magnética que afetam o clima espacial e as tecnologias na Terra. Aquarela de Íons reflete sobre essa força solar e seus impactos em corpos distantes, convertendo dados de íons solares em uma experiência imersiva de som, luz e imagem. Utilizando dados retroativos, a obra narra as atividades solares das últimas décadas de forma sensorial, aproximando espaço e território humano.
Ouvir
Craca – Brasil
Instalação sonora interativa que simula o aprendizado de uma comunidade e a criação de um léxico por meio de trocas meméticas entre criaturas virtuais e o público. As criaturas emitem melodias e ocupam uma rede física que se espalha pelo espaço arquitetônico, aprendendo a se comunicar ao longo da exposição. A obra utiliza um sistema de IA rudimentar desenvolvido do zero.
ReCollection
Weidi Zhang & Rodger Luo – China / Estados Unidos
A instalação interativa ReCollection utiliza inteligência artificial para construir memórias visuais coletivas sintéticas a partir de linguagem natural. A obra turva as fronteiras entre lembrança e imaginação, combinando visualizações experimentais com sistemas de IA, e convida o público a refletir sobre como se formam as narrativas de memória em meio a tecnologias emergentes.
Unreal Pareidolia
Scott Allen – Japão
Há uma tendência chamada pareidolia, em que o cérebro humano identifica padrões familiares em objetos. Nesta obra, imagens e legendas são geradas em tempo real a partir das sombras de brinquedos e itens cotidianos, estimulando a imaginação individual. A peça age como uma entidade que provoca associações mentais, em vez de focar na produção humana.
Loki
Jia-Rey Chang – Taiwan
Loki é uma obra interativa com IA inspirada no travesso deus nórdico. Diferente de IAs obedientes, Loki responde de forma brincalhona e imprevisível, refletindo as atitudes dos usuários — arrogância encontra astúcia, modéstia recebe incentivo. Ela provoca um pensamento crítico sobre a confiabilidade, os vieses e a neutralidade da IA. Ao interagir com Loki, os usuários exploram se a IA pode realmente ser confiável. Ouse questionar!
Visual Bird Sounds
Andy Thomas – Austrália
Visual Bird Sounds transforma cantos e sons de aves em visualizações 3D geradas por computador. As gravações são convertidas em figuras animadas que lembram organismos vivos digitais — como representações virtuais dos próprios pássaros. A obra convida o público a refletir sobre a beleza da natureza e a urgência de preservar seus habitats.
INSTALAÇÕES
1. Andy Thomas – Visual Bird Sounds – Austrália
2. Arthur Boeira e Gustavo Milward – Aquarela de Íons – Brasil
3. Craca – OUVIR – Brasil
4. Daito Manabe and Kyle McDonald – Transformirror – Japão / Estados Unidos
5. Darren Slater (DSM) – Emerge – Reino Unido
6. Darren Slater (DSM) – Lakes of Skylands – Reino Unido
7. Darren Slater (DSM) – Pods – Reino Unido
8. Darren Slater (DSM) – Portal Trip – Reino Unido
9. Edwin van der Heide – Spiral of Time – Holanda
10. Frederik De Wilde – Hunter and Dog – Bélgica
11. Hassan Ragab – The City – The Wicked Emergence – Egito / Estados Unidos
12. Hiatu – Ennui – Polônia
13. Hiatu – Mood Swings – Polônia
14. Jia-Rey Chang – LOKI – Taiwan
15. Julius Horsthuis – Fractalicius – Holanda
16. Louis-Philippe Rondeau – Veillance – Canadá
17. Mario Klingemann – Freeda Beast – Alemanha
18. Mario Klingemann – Liberation – Alemanha
19. Mario Klingemann – The Noise of Art – Alemanha
20. Memo Akten & Katie Peyton Hofstadter – Boundaries – Estados Unidos
21. Scott Allen – Unreal Pareidolia – Japão
22. Subsomnia – Deep Sixxx – Áustria
23. Subsomnia – Stellar Civilizations – Áustria
24. Subsomnia – Vivaldi – Áustria
25. Subsomnia – Windswept – Áustria
26. Thomas Marcusson – The MicroCinescope – Austrália
27. Tim Murray-Browne – SELF ABSORBED – Escócia
28. Tin&Ed – Deep Field – Estados Unidos
29. Weidi Zhang & Rodger Luo – ReCollection – China / Estados Unidos
CINE SYN
1. ChrisLee – Robot Journey: Parte 1, 2 & 3 – China
2. Gabe Michael – Unknown – Estados Unidos
3. Seongmin Kim – Green Light – Coreia do Sul
4. Jeff Synthesized – Newton’s Cradle – Estados Unidos
5. Valezart – AI Museum – Espanha
VIDEOS AI
1. An-Ting and Ian Gallagher – Black-collared Starling (Lost Communications) – Taiwan / United Kingdom
2. Callahan Indovina – 86 & 53 – Estados Unidos
3. CNDSD & Iván Abreu – Pre(N)atura | Fonocene – México
4. Cornelis Clement – AI Created a Sci-Fi World You Won’t Believe! – Alemanha
5. DMTPortal – Recursive Empyrean – Canadá
6. Erika Kassnel-Henneberg – Deep Paula – Alemanha
7. Gabriel KÖI e Sabato Visconti – Motherboard – Brasil
8. Gioula Papadopoulou e Olga Papadopoulou – I am I – Grécia
9. Jenifer Haider Chowdhury – Verticity – Bangladesh
10. PintoCreation – Epic Alien Landscapes – Itália
11. Tanja Vujinovic – SynthPets – Eslovênia
12. Ø STUDIO – Ørigin – Estados Unidos e Taiwan
VIDEOARTE
1. #FFFF00 – Impression: São Paulo – Taiwan
2. Barbara Oettinger – What future will we build upon the ruins of the present? – Chile
3. Brit Bunkley – Natural Intelligence – Nova Zelândia
4. Caspar de Gelmini – Die Kunst ist der nächste Nachbar der Wildnis – Alemanha
5. Fran Orallo – sorrow – Espanha
6. Hsujing – XENO: UNDERTOW – China e Inglaterra
7. Jon Chambers – Approximations of a Body Part – Estados Unidos
8. Juan Manuel Escalante – Music for Control Panels – México
9. Kenji Kojima – Begins with Chaos – Lascaux – Estados Unidos
10. Koral Alvarenga – Meka Talks – Além da carne, o aço – Brasil
11. Minimaforms & DRL Elemental Research Group – Elemental – Reino Unido
13. Silvia De Gennaro – Gaia: Uni(co)verso (Gaia:Uni(que)verse) – Itália
14. Yuting Chen – A Camera and an Engine – China
15. Yukang Tao – ArtiPerception – Estados Unidos
VÍDEO CGI E AICG
1. CNDSD & Iván Abreu – AUTOCONSTRUCCION – México
2. CRUDE_CASTIN – Progetto Leonardo Da Vinci: Neo-Renaissance – China
3. Jiatong Yao – ChromaPause – China
4. Marc Samper – A Dreamscape Cartography – Espanha
5. Michael Betancourt – Garden – Estados Unidos
6. Pan – Towards a New Nature – China
7. Rocio Delaloye – Simulacra – Argentina
8. S4RA – bot3quim – Portugal
9. Vitoria Cribb – //:Are you observing or being observed? – Brasil
10. Yvette Granata – Exo Gestus #2 – Estados Unidos
LED SHOW
1. Anabela Costa – IN BETWEEN – França | France
2. Anabela Costa – Sliding Stripes – França | France
3. Andrés Ferrari – Estudio Geométrico 03 – Chile
4. Arash Akbari – Gelîm – Iran
5. WOW Studio by D2D – UnBoxing the Infinite – Egito | Egypt
6. Flavia Mazzanti – Beyond My Skin – Brasil | Brazil
7. Fredo Agudelo – mutanttales – Postterra – Colômbia | Colombia
8. Hernan Roperto – RUÍDO/SINAL (Ruído Visual e o Fluxo Infinito de Dados) – Argentina
9. Jorge Bandera – Desconexion – Colômbia | Colombia
10. Pan – Towards a New Nature – China
11. Silvia Ruzanka – Plant Growth Dreams – Estados Unidos | United States
12. Ultravioletto – Mycelium – Natural Intelligence – Itália | Italy
13. Mario Klingemann – Liberation – Alemanha
14. Parceria ECA-USP – Micrômacro – Brasil | Brazil
15. Parceria IED – Superfícies – Brasil | Brazil
Performance de Abertura
Data: Dia 15 de Julho de 2025 (terça-feira)
Horário: 19h
Local: Foyer | Centro Cultural Fiesp
An-Ting e Ian Gallagher – Lost Communications 失絡之聲 (Eurasian Wren 鷦鷯) – Taiwan / United Kingdom
Uma performance audiovisual que explora a luz e a escuridão na natureza. An-Ting utiliza gravações de cantos dos pássaros e as mistura com música eletrônica experimental, paisagens sonoras com drones e batidas intensas. Ian Gallagher usa tecnologias de ponta em inteligência artificial para documentar as ideias e experiências da dupla, com visuais ao vivo que reagem em tempo real à música de An-Ting.
Essa performance é apoiada pelo British Council e pela organização Cryptic Glasgow.
FILE WORKSHOP 2025: Workshops Explorando Interatividade, Animação e Ecologia Crítica – 16 a 18 de julho
O FILE convidada artistas, pesquisadores e estudantes para participar de uma intensa programação de workshops que cruzam arte, ciência, tecnologia, ecologia e imaginação crítica. De 16 a 18 de julho, especialistas conduzirão experiências formativas únicas, abertas a estudantes, profissionais e ao público interessado. Confira a programação completa e garanta sua vaga. As inscrições estão abertas! Acesse o link de inscrição aqui.
WORKSHOPS
PROGRAMAÇÃO
Vídeo ao vivo: imagem, espaço e interatividade – Dimitri Lomonaco
16 e 17 de julho, das 10h00 às 12h00
A oficina combina artes visuais e novas mídias, na medida em que se utiliza da tecnologia de video mapping, ou projeção mapeada, como ferramenta para composições visuais no espaço físico. Para além das telas, a imagem projetada pode interferir nas mais diversas superfícies (arquitetura, objetos, corpo etc.), tornando-as telas de vídeo dinâmicas. Assim, o vídeo deixa de ser um retângulo plano e cria a ilusão de ser um elemento interativo, incorporando-se ao espaço.
Dimitri Lomonaco é artista-pesquisador da imagem e de tecnologias digitais no campo do audiovisual expandido. Integrando design, cenografia e iluminação, desenvolve projetos de arte e tecnologia, criando experiências visuais imersivas e sensíveis. Atualmente é mestrando no programa de Artes Visuais da ECA-USP e integrante dos grupos de pesquisa em arte e tecnologia Realidades (USP) e GIIP (UNESP).
Desenvolvimento de Moda Digital com IA e 3D – Priscila Nassar Galante Guedes
16 de julho, das 10h00 às 11h00
Palestra e workshop sobre Moda Digital com 3D e inteligência artificial, abordando a trajetória de Priscila Nassar, seus conceitos e ferramentas. A proposta é explorar a Moda Digital como um meio de experimentação e criação de narrativas, personagens e arte digital dentro do mercado contemporâneo.
O trabalho de Priscila Nassar consiste em investigar novas tecnologias e desenvolver narrativas digitais de moda, utilizando recursos como 3D, CGI e experiências XR que envolvem realidade aumentada e virtual. A artista explora constantemente novos softwares e técnicas digitais, buscando expandir os limites da criação no universo da moda e da arte.
Mundos de papel: Diorama com prototipagem – Grupo de Pesquisa e Extensão Realidades
16 e 17 de julho, das 14h00 às 18h00
Como seria um mundo dentro de uma caixa de papel? Nesta oficina, cada participante criará o próprio diorama de papel — cenário construído a partir de recortes de papel sobrepostos. Para isso, aprenderemos a usar o Inkscape, um programa gratuito e de código aberto de desenho vetorial, e uma plotter de recorte, uma ferramenta de fabricação digital. Ao final, cada participante terá criado seu próprio diorama, seu próprio universo dentro de uma caixa de papel.
O Grupo Realidades (https://realidades.eca.usp.br/), fundado em 2010, é um grupo de pesquisa e extensão da USP que trabalha com arte, tecnologia e o conceito de realidade.
Dobraduras Digitais: Explorando a Animação Procedural – João Otero
16 de julho, das 14h00 às 18h00
Este workshop introduz a animação procedural, técnica que usa parâmetros matemáticos para criar movimentos automatizados. Usando a versão gratuita do software Houdini, os participantes aprenderão a montar e animar origamis digitalmente, explorando recursos do software para simular movimentos e comportamentos. Também serão discutidas as possibilidades criativas dessa abordagem, destacando aplicações em animação, design generativo e efeitos visuais.
João Otero é artista visual, ilustrador, animador, professor, graduando em artes visuais (ECA-USP) e membro do grupo de pesquisa e extensão Realidades (ECA-USP). É bolsista no Programa de Iniciação à Docência da CAPES na área de artes; foi bolsista PUB de iniciação científica, pesquisando sobre técnicas digitais aplicadas à produção de quadrinhos.
Tecnosoma: Circuitos Sensíveis na Carne da Máquina – David Da Paz
17 e 18 de julho, das 10h00 às 12h00
Nesta oficina, os participantes explorarão a fusão entre corpo, tecnologia e inteligência artificial, criando experiências interativas com sensores capacitivos e modelos generativos em tempo real. Inspirada pelo conceito de Tecnosoma — a máquina como organismo sensível e pulsante —, a oficina investiga como o toque humano pode gerar sinais elétricos que ativam respostas audiovisuais, sonoras e lumínicas. Serão abordados microcontroladores (Arduino e ESP32), IA generativa e interatividade sensorial.
David Da Paz é artista, pesquisador e desenvolvedor, é especialista em IA, machine learning e IoT. Atua há mais de 10 anos com arte interativa, sistemas generativos e instalações sensoriais. Participou da residência Artropocode (Espanha) e da Spontaneous Combustion Residency (Londres), explorando performances ciberurbanas e mídias locativas.
P5.js na Visualização de Dados em Performance: A Tecnoética da Inclusão e do Pertencimento – Clarissa Ribeiro; Rewa Wright; Jill Scott; Leona Machado
18 de julho, das 09h00 às 13h00
O FEMnomenal Art Collective oferece uma oficina performativa que explora o ecofeminismo e a desconstrução da divisão entre humano e não-humano — dicotomia central da modernidade colonial. Por meio de atividades colaborativas, visualização performativa de dados e performances interativas, a oficina aborda empoderamento feminino, ideologias alternativas de crescimento e estéticas tecnoéticas. As participantes criam visuais generativos e realizam atos simbólicos que promovem diálogos sobre cuidado, equidade e transformação.
O coletivo é formado pelas artistas e pesquisadoras Dra. Jill Scott, Dra. Clarissa Ribeiro e Dra. Rewa Wright. Juntas, exploram interseções entre arte, ciência e justiça social por meio de práticas criativas que desafiam fronteiras convencionais.
Afterlife-Chimeras: Afterlives-Chimeras Hibridização de Memórias Ecológicas Explorando Estéticas Gerativas de IA – Clarissa Ribeiro
17 de julho, das 14h00 às 17h00
Afterlives-Chimeras: Wetland Carbonized Memories reimagina a mumificação animal do Antigo Egito sob a ótica da tragédia ecológica. Inspirado pelos pântanos brasileiros e pela destruição da fauna causada pelo agronegócio, pela mineração e pelas indústrias siderúrgicas, o projeto usa IA (Krea.AI e Meshy.AI) para criar criaturas híbridas a partir de imagens de animais carbonizados. As quimeras, impressas em 3D com PLA que remete ao linho das múmias, simbolizam perda, transformação e a urgência de equilíbrio ecológico.
Clarissa Ribeiro é Professora Adjunta em Artes Visuais na USP e ex-Diretora do Technoetic Arts Studio de Roy Ascott, em Xangai. Doutora em Artes com pós-doutorado Fulbright, cruza arte, ciência e tecnologia em práticas morfogenéticas, adotando o animismo como forma de navegar ecologias como cosmologias.
Realidades Sprites Animados: Animação Quadro a Quadro para Games – Grupo de Pesquisa e Extensão
18 de julho, das 14h00 às 18h00
Quer saber como as animações dos jogos são criadas? Nesta oficina, vamos explorar o funcionamento dos sprites animados, e você terá a oportunidade de criar os seus próprios! Usando ferramentas gratuitas e acessíveis, vamos transformar ideias em arte animada e integrá-las na programação de um jogo simples.
O Grupo Realidades (https://realidades.eca.usp.br/), fundado em 2010, é um grupo de pesquisa e extensão da USP que trabalha com arte, tecnologia e o conceito de realidade.
(Des)conexão: Jornada para o bem-estar digital – Viviane da Silva Tavares
18 de julho, das 14h00 às 17h00
O workshop (Des)conexão é uma experiência imersiva presencial que convida os participantes a explorar o impacto da tecnologia em seus corpos e percepções. Usando projeções de alta qualidade e práticas somáticas, o workshop estimula a desconexão digital consciente, oferecendo ferramentas para uma relação mais saudável e equilibrada com a tecnologia.
Viviane Tavares é pesquisadora e especialista em bem-estar digital, com foco na interseção entre o corpo, a tecnologia e o design. Com mais de 10 anos de experiência na indústria de tecnologia, desenvolvendo produtos digitais, ela utiliza a dança contemporânea e práticas somáticas para defender a desconexão consciente em nosso mundo hiperconectado.
ENTRADA GRATUITA
Centro Cultural FIESP
Av. Paulista, 1313, São Paulo
Em frente à estação Trianon-MASP
ASSESSORIA DE IMPRENSA
A Dois Comunicação
www.adoiscom.com
Alex Olobardi
aolobardi@gmail.com
Anna Accioly
anna.accioly@adoiscom.com
(11) 9 4066-4776 | (21) 98616-6688