Lauren McCarthy

Conversacube

Abstract:
“Conversacube” é uma pequena caixa que visa ser o ponto central de qualquer situação que envolva conversa. A caixa fica no meio de todos os participantes da conversa, com uma face voltada para cada pessoa. Cada face externa da caixa tem uma pequena tela e um microfone embutido no interior. À medida que a conversa progride, cada pessoa recebe instruções ou frases personalizadas para manter a conversa sempre fluindo sem qualquer pausa constrangedora ou desconforto. Os microfones monitoram os níveis de áudio de cada participante e o cubo responde de acordo, ajustando dizeres para animar, mediar conflitos ou equilibrar a conversa quando necessário. “Conversacube” é um produto e também uma peça de arte com marca própria, presença na web (ver conversacube.com), anúncios em vídeo e impressos. A intenção é criar uma ferramenta que, por um lado, explora a ideia de um autêntico produto comercial que usa tecnologia para melhorar as interações e, por outro lado, critica nossa dependência da tecnologia e de rotinas sociais coreografadas, apontando para um futuro distópico no qual sacrificaremos nossa autonomia para evitar o confronto com qualquer coisa desagradável. O “Conversacube” pede aos usuários que reflitam sobre qual dessas direções estamos tomando. Ou serão ambas? Estamos totalmente cientes do futuro que estamos construindo com todas essas inovações tecnológicas? Há meios de usar a tecnologia para expandir nossa consciência e progredir em termos de relações sociais mais bem integradas?

FILE PAI 2011

Biography:
Lauren McCarthy é designer, artista e programadora. Atualmente faz mestrado em Belas Artes no programa de Design/ Arte Eletrônica da UCLA, tendo se formado antes em Ciência da Computação e em Arte e Design no MIT. Sua obra explora as estruturas e sistemas de interações sociais, identidade e autorrepresentação. É interessada em momentos ligeiramente desconfortáveis quando padrões são alterados, expectativas são frustradas e os participantes ficam cientes do sistema. Seu trabalho toma qualquer forma necessária: vídeo, performance, software, arte na internet, objetos e ambientes interativos, e instalações eletrônicas. Como designer e desenvolvedora de softwares, trabalhou na Oblong Industries em Los Angeles, criando sistemas de interface gestual; na Small Design Firm em instalações interativas para o Holocaust Memorial Museum dos EUA, na casa de Thomas Jefferson em Monticello e no Metropolitan Museum of Art; no Continuum e no MIT Media Lab. Sempre transgredindo os limites entre arte, design e vida, suas obras de arte têm sido expostas em vários contextos, incluindo o Conflux Festival, o SIGGRAPH, o LACMA e a WIRED Store.